Viabilidade da utilização de derivativos agropecuários em carteiras de investimetnos de Fundos de Pensão no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Costa, Thiago de Melo Teixeira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9097
Resumo: Os Fundos de Pensão têm se tornado cada vez mais representativos no cenário mundial e nacional devido à sua importância social e econômica. A sustentabilidade dessas instituições passa por um eficiente processo de gerenciamento de suas carteiras de investimento. Ao mesmo tempo, as negociações com contratos futuros agropecuários vêm se consolidando no Brasil e surgem como uma alternativa para investidores que queiram diversificar suas carteiras. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade da utilização de derivativos agropecuários como forma de minimização de riscos em carteiras de investimentos de Fundos de Pensão no Brasil, dentro dos limites legais aos quais essas entidades estão sujeitas, tomando como referência o perfil dessas instituições no país com relação à alocação de seus investimentos. Para isso, avaliou-se o desempenho de carteiras sem e com derivativos agropecuários para três perfis de Fundos de Pensão (Médio, Arrojado e Moderado). As análises de risco foram feitas através do modelo Value-at-risk (VaR), utilizando modelos de variância condicional (Família GARCH) para a extração da série diária de volatilidades. Os retornos foram ponderados pelo risco, através do Índice de Sharpe Adaptado (ISA). Os resultados mostraram que, dentro dos parâmetros estabelecidos para cada modalidade de investimento, a introdução de contratos futuros agropecuários foi benéfica para todos os perfis propostos, reduzindo o risco mais que proporcionalmente ao retorno. O trabalho torna-se mais significativo à medida que se analisam os montantes financeiros envolvidos. Considerando, por exemplo, que os Fundos de Pensão invistam, de forma geral, 1% de seus ativos, tem-se que seria injetado no mercado futuro de commodities agropecuárias mais de R$ 2 bilhões, valor que representa, dentro da movimentação financeira de 2004, aproximadamente 10% de todos os recursos investidos. Assim, uma maior participação das Entidades Fechadas de Previdência Complementar nesse mercado geraria benefícios notórios para a sua liquidez. A metodologia utilizada neste trabalho se mostrou valiosa, em virtude do tipo de informação que proporciona e da sua flexibilidade, e os resultados que mostram diminuição da relação risco/retorno para as carteiras dos Fundos de Pensão indicam a necessidade de novos estudos que fomentem ainda mais esse tipo de análise.