Seleção de rizobactérias como promotoras de crescimento e indutoras de resistência sistêmica em feijoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mendonça, Henrique Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4445
Resumo: Duzentas rizobactérias, isoladas de amostras de solos de rizosfera e de rizoplano, de plantas de feijoeiro sadias e, ou que apresentavam baixa intensidade de doenças, foram investigadas quanto à capacidade de promover o crescimento em plantas de feijoeiro, aumentar a sua produção e atuar no biocontrole contra diferentes patógenos da parte aérea da cultura. Nos ensaios de promoção de crescimento, sementes de feijoeiro Ouro Negro foram microbiolizadas e plantadas, procedendo-se à seleção massal das rizobactérias, em condições de casa-de-vegetação. Paralelamente, os isolados foram avaliados quanto à habilidade em solubilizar fosfatos e, para os isolados selecionados, realizou-se à quantificação de enzimas fosfatases. O isolado UFV-RP 28 solubilizou o fosfato em meio de cultura, porém, o isolado UFV-RP 31 foi superior ao isolado UFV-RP 28, obtendo maiores médias na quantificação das fosfatases. Avaliou-se a capacidade das rizobactérias em colonizar o sistema radicular de plantas de feijoeiro in vitro , semeando-se sementes microbiolizadas em meio ágar-água semi-sólido (0,8%), e procedendo-se inspeções visuais diárias. Oito rizobactérias colonizaram o sistema radicular, entretanto, as rizobactérias selecionadas não demonstraram tal habilidade. Baseados nos ensaios in vitro e in vivo , dois isolados (UFV-RP 28 e UFV-RP 31) foram selecionados como promissores em promover o crescimento das plantas e, levados ao campo para os ensaios de produtividade. O potencial antagonístico das rizobactérias foi verificado por meio de testes de antibiose in vitro , a fim de observar possíveis efeitos tóxicos diretos dos antagonistas sobre o patógeno desafiante Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli e sobre outros patógenos da parte aérea da cultura. Quatro isolados apresentaram antibiose direta sobre o patógeno desafiante e, os três isolados selecionados não inibiram o crescimento de quaisquer patógenos. Os isolados selecionados também foram avaliados quanto à produção de sideróforos e quitinase. Os resultados foram positivos e negativos, respectivamente, para todos os três isolados. Nos ensaios de biocontrole, primeiramente procedeu-se à seleção massal dos antagonistas, por meio de inoculações de plantas de feijoeiro com o patógeno desafiante Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. Três isolados (UFV-RP 48, UFV-RP 53 e UFV-RP 63) que tiveram as menores médias de lesões por centímetro quadrado foram selecionados. Na re- restagem, apenas o isolado UFV-RP 53 foi superior à testemunha, com redução de 50% na severidade da doença, sendo selecionado para os ensaios de campo. No primeiro experimento de campo foram avaliadas as severidades da mancha angular (Phaeoisariopsis griseola) e da ferrugem (Uromyces appendiculatus), que ocorreram naturalmente e de maneira simultânea, observando-se, no tratamento com o isolado UFV-RP 53 redução de 30% da severidade de ambas as doenças. No segundo, ocorreu apenas a ferrugem e, novamente o isolado UFV-RP 53 foi superior à testemunha, reduzindo a severidade em 43%. Pela separação espacial entre os componentes microbianos da interação e pela ausência de efeitos deletérios diretos dos antagonistas sobre os patógenos, acredita-se que o controle da doença esteja ocorrendo através da indução de resistência sistêmica. O isolado UFV-RP 53 foi identificado por análise de ácidos graxos e sequenciamento rRNA 16S como Pseudomonas putida.