Potencialidades de inserção do carvão vegetal em bolsa de mercadorias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gomes, Marco Tulio Maciel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3061
Resumo: Neste trabalho, objetivou-se identificar a potencialidade de comercialização da commodity carvão vegetal em bolsas de mercadorias, destacando-se a Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), em específico, a Central Regional de Operações de Belo Horizonte, bem como estudar as relações comerciais e espaciais deste mercado de carvão vegetal com a siderurgia produtora de ferro-gusa no estado de Minas Gerais. A metodologia utilizada foi uma adaptação da metodologia de Pennings e Leuthold, pela qual se analisou a viabilidade de utilização de um contrato futuro para commodities específicas. Assim, algumas variáveis abordadas na referida metodologia foram utilizadas na avaliação do mercado físico de bolsa para carvão vegetal em Minas Gerais, e os dados foram obtidos de duas fontes principais. A primeira constituiu-se de empresas que compunham as siderúrgicas que utilizam carvão vegetal em Minas Gerais, nas quais os dados foram coletados por meio de questionários e de especialistas, mediante entrevista pessoal, o que permitiu compreender as peculiaridades do mercado de carvão vegetal para as siderúrgicas de ferro-gusa. A segunda fonte de informações foi composta de dados de revistas especializadas, artigos técnicos e científicos, reportagens, jornais, legislação pertinente e informações estatísticas. Foram enviados 26 questionários às empresas que apresentavam as maiores capacidades nominais de produção de ferro-gusa, pois quanto maior a produção de ferro-gusa, maior é o consumo de carvão vegetal. Do total remetido obteve-se uma devolução de 16 questionários. As variáveis analisadas foram perecibilidade e capacidade de estocagem; homogeneidade e capacidade de mensuração; volatilidade de preços; tamanho de mercado físico; e número e propensão de atores a negociar em bolsa. Os resultados da pesquisa indicam que 88% das siderurgias produtoras de ferro-gusa do estado de Minas Gerais, que responderam ao questionário, dependiam do mercado para abastecimento de carvão vegetal e três quartos delas demonstraram interesse na utilização de bolsa para o comércio da commodity. Empregavam, em média, 56% do carvão proveniente do mercado, do qual foram adquiridos, em 2005, cinco milhões de metros de carvão. Os preços do carvão vegetal no Estado podem ser considerados significativamente voláteis, sendo este produto passível de armazenamento e de fácil padronização. Em face do observado, conclui-se que há grande viabilidade de comercializar a commodity carvão vegetal em bolsa de mercadorias.