Efeito da proteína total digerida da semente de chia (Salvia hispânica L.) na inflamação, estresse oxidativo e saúde intestinal de camundongos alimentados com dieta hiperlipídica
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Nutrição |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31841 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.634 |
Resumo: | O consumo de dietas hiperlipídicas causa aumento da inflamação, do estresse oxidativo e piora da saúde intestinal, resultando em alterações metabólicas. Sendo assim, é de grande interesse o estudo de compostos bioativos que podem modular de forma positiva essas alterações. A chia é uma semente rica em proteína, sendo uma promissora fonte de peptídeos bioativos capazes de reduzir a inflamação e estresse oxidativo e melhorar a capacidade antioxidante e saúde intestinal. Diante disso, o presente estudo avaliou o efeito do consumo da proteína total digerida da semente de chia sobre a inflamação, estresse oxidativo e microbiota intestinal de camundongos C57BL/6 alimentados com uma dieta hiperlipídica. Para isso, 44 camundongos machos foram divididos em 4 grupos experimentais (n=11): AIN: Grupo dieta padrão (AIN-93M); HF: Grupo dieta hiperlipídica; AIN+DTP: Grupo dieta padrão AIN-93M adicionado de 400 mg/kg de proteína total digerida da semente de chia; HF+DTP: Grupo dieta hiperlipídica adicionada de 400 mg/kg de proteína total digerida da semente de chia. Ao final de 8 semanas, os animais foram eutanasiados para coleta do fígado, sangue, cólon e conteúdo do cólon. No artigo 1, foram utilizados 8 animais por grupo, selecionados de forma aleatória. Foram avaliadas a expressão gênica hepática de proteínas relacionadas ao metabolismo lipídico: PPAR-α, AMPK, SREBP-1, CPT-1 e AMPK; estresse oxidativo: NRF2, SOD; inflamação: IL-1β e NFκB; e a quantificação hepática de IL-1β e TNF-α. Também foi avaliada a morfologia hepática, para avaliação do acúmulo de gordura no tecido. O grupo HF+DTP apresentou menor acúmulo de gordura hepática comparado ao HF, com consequente redução da inflamação por meio da redução de NFκB e IL-1β e redução da peroxidação lipídica e atividade da catalase, comparado ao grupo HF. No artigo 2, foram utilizados os dados de 11 animais por grupo. Foi avaliada a expressão gênica de proteínas relacionadas a permeabilidade intestinal: claudina, ocludina e zonula occludens; a morfologia do cólon; e análise da microbiota intestinal através do rRNA 16S. Os grupos AIN+DTP e HF+DTP apresentaram a espessura de criptas e da camada muscular circular aumentadas, aumento na abundância de Alistipes e Olsenella e redução na abudância de Akkermansia, quando comparadas aos grupos AIN e HF respectivamente. Além disso, o grupo HF+DTP teve redução da dominância bacteriana através do indice de Simpson, comparado ao HF. Ademais, todos os grupos se diferiram com relação a β-diversidade. Dessa forma, o consumo da proteína digerida de chia atua no fígado reduzindo o acúmulo lipídico, inflamação e estresse oxidativo, além de melhorar a morfologia com aumento da espessura das criptas e aumento da camada muscular circurlar do cólon e modificar a microbiota intestinal. Palavras-chave: Peptídeos bioativos. Gordura saturada. Obesidade. Tecido hepático. Compostos bioativos de plantas. Microbiota. |