Seriam os metil alcanos desencadeadores de comportamento agressivo de Azteca muelleri Emery, 1983 (Hymenoptera: Formicidae)?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Neves Junior, Carlos Luis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29015
Resumo: Em insetos eussociais, o processo reconhecimento de companheiros de ninho é tarefa imprescindível para a manutenção do equilíbrio e integridade da colônia. Tal processo baseia- se na presença de hidrocarbonetos cuticulares, os quais estão inclusos os metil alcanos, compostos de cadeia longa abundante em formigas. Dentre os diversos sinais de comunicação química desencadeados pelos metil alcanos, esses compostos também podem estar envolvidos em comportamentos agressivos voltados para a defesa da colônia. Porém, em relações mutualísticas formiga-planta, o alvo de proteção, além da colônia, é a planta hospedeira. O objetivo geral desse trabalho é determinar experimentalmente a importância de compostos da família dos metil alcanos na determinação do comportamento de agressividade de Azteca muelleri, espécie que habita Cecropia glaziovii, planta pioneira e de caule oco. As avaliações foram realizadas em arena com pares de formigas da mesma colônia e as respostas comportamentais das formigas com relação à agressividade foram analisadas. Testamos (i) qual metil alcano apresenta maior agressividade, (ii) qual concentração do metil alcano de maior agressividade é ideal para os testes e (iii) comparamos os comportamentos de agressividade intracolonial em diferentes colônias. Nossos resultados mostraram que o composto 13- metilhentriacontano desencadeia um estranhamento entre formigas da mesma colônia, principalmente em concentração de 0,3 ng/mL, apresentando resultado também significativo quando testado em diferentes colônias. As observações com 11-metilnonacosano também apresentaram estranhamento, mas sugerimos que novos estudos acerca dos efeitos desse composto no comportamento dessa espécie sejam realizados, focando nos demais compostos. Os dados apresentados neste trabalho colaboram para o entendimento de ações de extrema importância para a sobrevivência da colônia: o reconhecimento de companheiros e a agressividade. Enquanto parte de um sistema mutualístico, estudos sobre o comportamento das formigas A. muelleri nos ajudam a compreender não apenas seus meios de comunicação, como também as configurações de sua relação sua planta hospedeira, C. glaziovii. Palavras-chave: Formigas. Agressividade. Hidrocarbonetos cuticulares.