A fauna de besouros Ciidae (Insecta: Coleoptera) de Cerrado no Alto Paranaíba, MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza, Nilcilene de Fatima Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biologia e Manejo animal
Mestrado em Biologia Animal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2273
Resumo: Os desmatamentos no Bioma Cerrado vêm afetando a diversidade de espécies de vários organismos, principalmente daqueles dependentes de recursos que são naturalmente escassos nesse bioma, como os insetos xilófagos, coprófagos, e fungívoros, dentre outros. Esse é caso dos besouros Ciidae, que são diretamente dependentes de fungos que crescem em madeira em decomposição. Os ciídeos apresentam todo o seu ciclo de vida, incluindo cópula e oviposição, em basidiomas de macrofungos coriáceos, conhecidos vulgarmente como orelhas-de-pau. O objetivo deste estudo foi fazer um levantamento das espécies de Ciidae e seus hábitos alimentares nas diferentes fitofisionomias do Cerrado do Alto Paranaíba, avaliando também alguns fatores ecológicos que poderiam determinar a composição e a riqueza de espécies desses organismos nesse bioma. Para isso, foram estudadas quatro fitofisionomias: Cerrado sensu stricto, Cerradão, Campo Limpo e Mata de Galeria, onde foram avaliadas as variáveis explicativas relacionadas à disponibilidade de recurso (massa dos fungos, circunferência dos troncos e riqueza de espécies de fungos). Não foi observada variação na riqueza de espécies de Ciidae entre as diferentes fitofisionomias avaliadas. As variáveis utilizadas para avaliar a disponibilidade de recurso foram consideradas não significativas, por não afetarem a riqueza de espécies de Ciidae. A riqueza foi igual, mas a composição de espécies se mostrou bem distinta, com apenas uma espécie ocorrendo em todas as fitofisionomias. A área de Campo Limpo apresentou o maior número de espécies exclusivas. Em relação aos hábitos alimentares, foi observada uma tendência à polifagia. Sabe-se que algumas das espécies encontradas são exclusivas de Cerrado e de áreas urbanas como, por exemplo, Strigocis vicosensis Lopes-Andrade. Outras, como Malacocis sp., são espécies novas, o que demonstra o pouco conhecimento sobra a fauna de Ciidae do Cerrado. As alterações nas áreas naturais devem ser realizadas de modo a não afetar a disponibilidade de madeira e, consequentemente, o desenvolvimento dos fungos e dos ciídeos que dependem deste recurso.