Efeitos da ozonioterapia sobre parâmetros clínicos, hematológicos e da bioquímica sangüínea em eqüinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Haddad, Melissa Alvarenga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5116
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar em eqüinos submetidos a ozonioterapia, os parâmetros hematológicos (hematócrito, hemoglobina, eritrócitos, leucócitos totais, segmentados, bastonetes, linfócitos, monócitos, basófilos, eosinófilos e plaquetas) e da bioquímica sangüínea (glicose, fibrinogênio, creatina quinase e gama glutamiltransferase), segundo o comportamento imediato (até 24 horas) entre aplicações da mistura do gás (período de repouso), assim como as tendências, positivas e/ou negativas durante o período de aplicação do ozônio e a influência da dose, sexo ou interação destes fatores nestes parâmetros. Também foram monitorados o comportamento, tendências e efeitos do ozônio sobre parâmetros fisiológicos, como freqüência cardíaca (FC) e respiratória (FR) durante o período de recuperação (até 20 minutos após a ozonioterapia). Para isso, foram utilizados 12 eqüinos mestiços sadios, sendo 6 machos e 6 fêmeas, com idades compreendidas entre 4 e 20 anos. Os animais foram submetidos à ozonioterapia, mediante administração de 500 ou 1000 mL da mistura do gás, por via intravenosa, a cada três dias, por um período total de 24 dias. Os animais foram divididos em quatro grupos: MT500, MT1000, FT500 e FT1000, sendo machos (M) que receberam 500 mL e 1000 mL e, fêmeas (F) que receberam 500 e 1000 mL, respectivamente. Os diferentes efeitos do ozônio sobre os parâmetros hematológicos e da bioquímica sangüínea foram inicialmente estudados durante o período de repouso (1, 6 e 24 horas após cada aplicação de ozônio), e para as freqüências cardíaca e respiratória, esta avaliação imediata foi durante o período de recuperação (até 20 minutos após cada aplicação de ozônio). Além disso, os parâmetros foram avaliados ao longo do tempo do período experimental. Os resultados demonstraram que os únicos parâmetros que sofreram efeito linear durante o período de repouso foram a contagem total de plaquetas e a concentração de glicose e de gama glutamiltransferase, que revelaram concentração aumentada (plaquetas) ou diminuída (glicose e gama glutamiltransferase). Foram observadas tendências positivas após ozonioterapia, mediante aumento nos valores do hematócrito e eritrócitos, sendo que, com relação aos últimos, as fêmeas mostraram médias superiores. Também ocorreu aumento na concentração dos segmentados, ainda que de forma tardia. Adicionalmente, foi possível verificar aumento transitório nos valores dos bastonetes, assim como comprovar o aumento na contagem das plaquetas e o efeito hipoglicemiante em todos os eqüinos. Com relação às enzimas, somente a gama glutamiltransferase apresentou uma elevação inicial bastante evidente, com posterior redução em todos os grupos. Com relação ao sexo, os resultados demonstraram que este foi um fator de relevância na concentração dos eritrócitos (p<0,05) em resposta à ozonioterapia, sendo que as fêmeas revelaram valores médios mais altos deste parâmetro, independentemente da dose do ozônio administrada. Por fim, com relação aos parâmetros freqüência cardíaca (FC) e respiratória (FR), observou-se aumento na FC (p>0,05) e FR (p<0,05) em todos os eqüinos expostos ao ozônio, independente do sexo, dose ou da interação destes fatores. Transcorridos o período de recuperação (até 20 minutos posteriores à ozonioterapia), os valores médios desses parâmetros diminuíram, sendo um indício de que a terapia auxilia no condicionamento cárdiorespiratório dos eqüinos. Efeitos adversos não foram observados nos animais em decorrência da administração do ozônio pela via intravenosa durante o período experimental.