O uso do colesterol carreado pela ciclodextrina na viabilidade do espermatozoide criopreservado de jumentos da raça Pêga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Freitas, Flávia Vieira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11084
Resumo: Inúmeras biotécnicas visam obter melhores índices de viabilidade espermática pós-descongelamento. Diferenças de características bioquímicas e funcionais entre espécies, ejaculados, estações do ano, animais, e outros, não possibilitaram o desenvolvimento de um protocolo definitivo. O presente estudo objetivou avaliar os efeitos da inclusão de colesterol na criopreservação do sêmen asinino sobre a viabilidade espermática in vitro pós-descongelamento. Vinte e cinco ejaculados de cinco jumentos foram divididos em dois tratamentos experimentais: T1: controle sem adição de ciclodextrina carregada com colesterol – (CCC); e T2 com adição de CCC. As avaliações seminais pós- descongelamento foram divididas em duas fases (1 e 2). Na fase 1 avaliou-se os efeitos da incorporação ou não de 1,5 mg de CCC aos espermatozoides, avaliando a cinética espermática dos espermatozoides no pós- descongelamento. As amostras descongeladas dos dois tratamentos foram submetidas ao Computer Assisted Sperm Analyser (CASA) e obteve-se as variáveis motilidade total (MT, %), motilidade progressiva (MP, %), velocidade curvilinear (VCL, μm/s), velocidade progressiva (VSL, μm/s), velocidade de trajeto (VAP, μm/s), linearidade (LIN, %), retilinearidade (STR, %), amplitude de deslocamento lateral da cabeça (ALH, μm) e frequência de batimentos (BCF, Hz). Na fase 2 as amostras dos dois tratamentos foram submetidas à incubação com diferentes sondas e posterior análise por citometria de fluxo para avaliação: da integridade da membrana plasmática e acrossomal (FITC-PSA), do estresse oxidativo citoplasmático (DHE), da peroxidação dos lipídios de membrana (BODIPY 581/591 ), da organização da bicamada lipídica (M540), do potencial de membrana mitocondrial (JC-1) e da apoptose celular (Yo-Pro). Os resultados relativos à avaliação da cinética espermática dos tratamentos experimentais mostraram que os parâmetros MT, MP, VCL, VSL, VAP, ALH, e BCF apresentaram maiores valores (p<0,05) no T1 (29,92 ± 13,82; 12,44 ± 6,03; 64,45 ± 9,65; 43,50 ± 7,30; 52,02 ± 8,17; 2,65 ± 0,48; 7,67 ± 0,76) em relação ao T2 xiv (17,33 ± 7,18; 5,33 ± 2,69; 46,16 ± 8,16; 31,83 ± 6,73,; 38,76 ± 7,63; 1,63 ± 0,43; 6,51 ± 1,76). Não foram observadas diferenças nos ejaculados (p>0,05) entre o T1 e T2 para as variáveis LIN (67,60 ± 1,28 e 68,74 ± 1,61) e STR (83,55 ± 0,81 e 81,91 ± 1,05). Na fase 2, a incorporação de colesterol resultou em maior (p<0,05) porcentagem de células com integridade de membrana acrossomal e plasmática dos espermatozoides (21,42 ± 12,94), bem como maior (p<0,05) potencial de sua membrana mitocondrial (15,49 ± 12,36). Não houve diferença (p>0,05) entre o T1 e T2 em relação à peroxidação dos lipídeos de membrana (669,81 ± 337,87 e 743,42 ± 417,26) e quanto à desorganização da membrana plasmática (8163,07 ± 1929,75 e 7068,01 ± 3680,08). A incorporação de colesterol resultou em maior (p<0,05) produção de espécies reativas de oxigênio citoplasmático (%) no T2 (3,73 ± 1,64) em relação ao T1 (2,10 ± 1,20). Além disso, a incorporação do colesterol se mostrou eficaz em aumentar (p<0,05) a porcentagem de células vivas pós descongelamento (23,67 ± 12,46) em relação ao grupo que não recebeu o tratamento (12,69 ± 8,84). Não houve diferença (p>0,05) entre T1 e T2 em relação à prevenção dos eventos semelhantes a apoptose nos espermatozoides (23,28 ± 9,81 e 22,08 ± 12,24). A incorporação de colesterol ao sêmen melhora os parâmetros seminais in vitro do sêmen descongelado de jumentos da raça Pêga.