Avaliação de biotecnologias reprodutivas em programas de melhoramento utilizando simulação de dados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Souza, Gustavo Henrique de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Doutorado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1278
Resumo: O objetivo nesse estudo foi testar a superioridade da aplicação da biotecnologia de múltipla ovulação e transferência de embrião (MOET) no melhoramento genético de bovinos, em um intervalo de tempo definido, bem como testar a vantagem de aumentar o número de descendentes por acasalamento com conseqüente aumento na intensidade de seleção de reprodutores. Para isto, utilizou-se o programa de simulação GENESYS. Para a comparação da eficiência da utilização de transferência de embrião, foram consideradas duas situações. A situação clássica ou tradicional (N0) em que uma vaca é acasalada com um touro gerando um descendente por ano, sendo necessário um intervalo de 7 anos para o nascimento de cinco filhos (primeiro parto aos 3 anos e intervalo de partos de 12 meses). Uma outra situação seria a utilização das técnicas de múltipla ovulação e transferência de embrião (MOET) em que o intervalo para uma vaca deixar no mínimo 5 descendentes seria de apenas 3 anos. Assim, ao final de 42 anos, o número de gerações de acasalamento e de seleção seria 6 e 14 considerando a situação clássica e MOET, respectivamente. Também foi avaliada a possibilidade de aumentar o número de descendentes por acasalamento de reprodutores utilizando MOET (N1, N2, N3, N4 para 5, 10, 15 e 25 descendentes, respectivamente) com conseqüente redução no número de vacas selecionadas. Comparando a eficiência da aplicação da biotecnologia da reprodução com a utilização da múltipla ovulação e transferência de embrião (MOET) em relação ao método tradicional considerando o mesmo número de descendentes, observa-se ao final de 42 anos que a aplicação da biotecnologia da reprodução resultou em um valor fenotípico médio 27,05% superior ao método tradicional (305,47±5,84 versus 240,43±4,67) com um ganho genético anual com taxa 90,63% maior (3,26±0,14 versus 1,71±0,11) em relação ao método tradicional. Os valores fenotípicos médios foram de 305,47±5,84 para N1; de 313,22±4,62 para N2; de 316,14±4,03 para N3; e de 313,44±2,80 para N4. Observa-se que com aumento do número de descendentes por casal de reprodutores (N1 a N4) houve um aumento do valor fenotípico médio aos 42 anos de seleção até as populações N3. A endogamia média considerando o método tradicional foi de 0,06±0,03, e com a aplicação da técnica de múltipla ovulação e transferência de embrião o valor da endogamia média foi de 0,18±0,08. Assim, a aplicação da transferência de embrião foi responsável por um aumento de 200,79% na endogamia ao longo de 42 anos. A aplicação da transferência de embrião resultou em um valor da variância genética aditiva média 59,63% inferior ao método tradicional (51,23±12,39 versus 126,91±12,60), com uma redução no valor da variância genética aditiva anual média com taxa 108,21% maior (3,47±0,36 versus 1,66±0,30) em relação ao método tradicional. O uso da múltipla ovulação e transferência de embrião aumentou o valor fenotípico e a endogamia com redução na variância genética aditiva. Dependendo do tamanho da população, poderia ser utilizado o MOET com 5 a 10 descendentes por casal de reprodutores.