Síntese de 2-arilideno indan-1,3-dionas contendo porções triazólicas e avaliação de suas atividades citotóxica e fotoprotetora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carlete, Lara Cola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/18603
Resumo: A indan-1,3-diona é um importante material de partida que vem sendo utilizado em várias transformações orgânicas devido, em parte, a algumas de suas características tais como seu baixo custo, facilidade de manipulação, apresentar baixa toxicidade e fornecer produtos com elevados rendimentos. Além de sua importância como bloco construtor em síntese orgânica, a indan-1,3-diona e seus derivados possuem importantes propriedades biológicas associadas. Dentro deste contexto, o presente trabalho teve por objetivo sintetizar e avaliar as atividades citotóxica e fotoprotetora de uma série de dezessete compostos derivados da indan-1,3-diona contendo o núcleo 1,2,3-triazólico. A preparação da série de compostos envolveu, inicialmente, a reação de condensação de Knoevenagel, catalisada por cloreto de zirconila, entre o 4-(prop-2-in-1- iloxi)benzaldeído e a indan-1,3-diona, o que resultou na formação da 2-(4-(prop- 2-in-1-iloxi)benzilideno)-1H-indeno-1,3(2H)-diona. Este derivado propargilado da indan-1,3-diona foi, subsequentemente, submetido a reação click ou CuAAC (reação de cicloadição (C) entre um alcino terminal (A) e uma azida (A), catalisada por Cobre(I) (Cu)) com diferentes azidas benzílicas, resultando na formação dos derivados triazólicos. A citotoxicidade dos compostos sintetizados foi avaliada contra as linhagens celulares B16F10 (melanoma murino) e HepG2 (carcinoma hepatocelular). Os derivados 2-(4-((1-(4-fluorobenzil)-1H-1,2,3- triazol-4-il)metoxi)benzilideno)-1H-indeno-1,3(2H)-diona (6b) e 2-(4-((1-(4- clorobenzil-1H-1,2,3-triazol-4-il)metoxi)benzilideno)-1H-indeno-1,3(2H)-diona (6c) apresentaram as atividades mais pronunciadas frente à linhagem celular HepG2. Com respeito à atividade fotoprotetora dos compostos sintetizados, os maiores valores de fator de proteção solar (FPS) encontrados foram para os compostos 2-(4-((1-(4-clorobenzil-1H-1,2,3-triazol-4-il)metoxi)benzilideno)-1H- indeno-1,3(2H)-diona (6c), 2-(4-((1-(4-(trifluorometoxi)benzil)-1H-1,2,3-triazol-4- il)metoxi)benzilideno)-1H-indeno-1,3(2H)-diona (6h), 2-(4-((1-(4-isopropilbenzil)- 1H-1,2,3-triazol-4-il)metoxi)benzilideno)-1H-indeno-1,3(2H)-diona (6j) e 2-(4-((1- (3-metilbenzil)-1H-1,2,3-triazol-4-il)metoxi)benzilideno)-1H-indeno-1,3(2H)-diona (6o). No entanto, o composto mais promissor foi 6h, o qual apresentou o maior valor de FPS (aproximadamente igual a 6) e consequentemente melhor atividade fotoprotetora. Os resultados dos ensaios biológicos apontam para o fato de que os derivados da indan-1,3-diona contendo porções triazólicas podem ser explorados em futuros trabalhos direcionados ao desenvolvimento de novos agentes quimioterápicos para o tratamento do câncer bem como novos protetores solares.