Densidade máxima de solos e resposta de plantas de milho a graus de compactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sousa Filho, Francisco Assis de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29335
Resumo: A densidade do solo varia em função de suas características mineralógicas, de textura e ainda do teor de matéria orgânica. Essa variação da densidade em função de atributos intrínsecos de cada solo dificulta a utilização de seus valores absolutos na comparação do estado de compactação de diferentes solos, afetando a definição de valores de densidade crítica que seriam importantes para a tomada de decisão no manejo. Algumas desvantagens do método do Proctor normal, o mais utilizado para a obtenção da densidade máxima, e o fato de sua relativa recente utilização em estudos de solos agrícolas limitam o uso da densidade relativa nos estudos da compactação dos solos. Neste sentido, alternativas para a determinação da densidade máxima devem ser buscadas, de forma a se permitir ampliar o banco de dados de valores de densidade relativa para solos agrícolas. Com a compactação o sistema radicular tem seu crescimento limitado e um menor volume de solo pode ser explorado pelas raízes, consequentemente, as plantas absorvem menos água e nutrientes, o que pode acarretar em perdas de potencial produtivo. Na cultura do milho os efeitos negativos da compactação do solo são observados no crescimento vegetativo da parte aérea como das raízes, no comprimento, diâmetro e distribuição de raízes e na taxa de absorção de nutrientes. O objetivo desse trabalho foi avaliar, em um primeiro capítulo, diferentes metodologias para a obtenção da densidade máxima em solos de diferentes granulometrias e, no segundo capítulo avaliar qual o grau de compactação limitante para a cultura do milho em camadas subsuperficiais artificialmente compactadas. Para a comparação entre métodos, amostras recolhidas entre as peneiras de 4 e 2 mm foram utilizadas nos ensaios de compactação para obtenção da densidade máxima. Os ensaios de compactação avaliados para a obtenção da densidade máxima do solo foram: Proctor Normal, teste de compressão uniaxial com uso do consolidômetro, Mini-Proctor (MCT) e prensa hidráulica. No experimento com plantas do segundo capítulo, cada unidade experimental foi formada por tubos de PVC rígido (diâmetro de 10 cm) divididos em três anéis que foram preenchidos pelos solos. Os tubos foram formados pela união com fita adesiva de três anéis. O anel superior (altura de 5 cm) e o inferior (altura de 10 cm) foram preenchidos para se alcançar a densidade de 1,0 kg dm -3 , enquanto no anel intermediário (altura de 10 cm) preenchidos de forma a se obter os graus de compactação de 75%; 80%; 85% e 90%. Finalizado o cultivo (45 dias), a altura das plantas, número de folhas e o diâmetro dos colmos foram avaliados. As raízes recolhidas foram avaliadas quanto aos seguintes parâmetros morfológicos: diâmetro médio, comprimento, volume e área superficial. Todos os métodos foram efetuados com quatro repetições. Não se verificaram diferenças entre a densidade máxima obtida pelo teste de Proctor (referência) e os demais métodos avaliados. Embora alguns procedimentos, como o do Mini-Proctor e o do consolidômetro, sejam considerados como de maior precisão, isto não resultou em melhor desempenho destes métodos em relação aos demais ou mesmo ao método de referência. Um valor de grau de compactação ótimo ou desejável foi encontrado próximo de 80%. Muito embora o mesmo 80% de grau de compactação tenha sido considerado ótimo no solo argiloso para algumas características fitotécnicas das plantas do milho, a produção de biomassa foi sempre prejudicada com o incremento da compactação.