Efeitos subletais da deltametrina no comportamento larval e nos enócitos pupais de Aedes aegypti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Marriel, Nadja Biondine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6786
Resumo: O Aedes aegypti é o principal vetor dos vírus causadores da Dengue. Uma das formas de se controlar a transmissão da doença é o combate desse vetor através do uso de inseticidas. Um dos mecanismos de resistência pode estar ligado ao metabolismo de inseticidas por diferente órgãos ou células, incluindo os enócitos. Os enócitos são células de origem ectodérmica ricas em retículo endoplasmático liso e responsáveis pelos processos de metabolismo de lipídeos e desintoxicação. Nosso trabalho teve como objetivo geral avaliar os efeitos subletais da deltametrina no comportamento larval e nos enócitos pupais e do inseto em duas populações diferentes, susceptível e resistente, de A. aegypti. Para isso foram utilizados larvas de quarto instar (L4) e pupas de populações resistente e susceptível a deltametrina. L4 das duas populações foram submetidas a diferentes concentrações do inseticida: 0,001; 0,003; 0,005; 0,007 ppm e a sobrevivência foi aferida. Após a exposição ao inseticida, L4 foram submetidas a bioensaios comportamentais. Pupas com dois dias de idade após a pupação foram dissecadas e os grupos de enócitos processados para microscopia eletrônica de transmissão (MET) e reação de TUNEL de insetos expostos a 0,003 e 0,005 ppm de inseticida. A 0,007 ppm a deltametrina apresentou efeitos letais sobre as L4 susceptível, enquanto que as resistentes sobreviveram a todas as concentrações testadas. L4 susceptíveis apresentaram um comportamento letárgico e taxa de atividade e natação bem menor do que o controle. Provavelmente, isso ocorreu devido a ação neurotóxica do inseticida. Já nas L4 resistentes observou-se hiperexcitação a 0,005 ppm de deltametrina. Não foram observados efeitos subletais e morte celular significativos tanto em enócitos da população susceptível quanto da resistente expostas à deltametrina. Nossos resultados contribuem para o melhor entendimento das diferentes respostas à exposição subletal à deltametrina em populações susceptíveis e resistentes de A. aegypti e sua relação com o comportamento das formas aquáticas e a estrutura dos enócitos nessa espécie.