Avaliação da imunogenicidade conferida a camundongos BALB/c contra Leishmania chagasi após imunização com proteína LPG3 recombinante associada ao derivado de eugenol MR1
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Biologia Celular e Estrutural |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32568 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.299 |
Resumo: | As leishmanioses são ocasionadas por protozoários do gênero Leishmania em decorrência da picada do inseto flebotomíneos infectado pelo parasito. Sua incidência global é de 700 mil a 1,2 milhão de casos de leishmaniose cutânea (LC) e 200 a 400 mil casos de leishmaniose visceral (LV). Dessa forma, são necessários esforços em busca de uma vacina que proporcione o controle da doença. O presente trabalho, foi dividido em dois capítulos, sendo o primeiro referente à avaliação do perfil de resposta conferido a camundongos Balb/c imunizados com proteína recombinante lipofosfoglicano-3, presente em Leishmania chagasi, associada com um derivado do eugenol, o bis-eugenol (MR1). Para avaliação da imunogenicidade da vacina, foram avaliadas a produção de citocinas (IFN-γ, TNF, IL-6, IL-17, IL-10, IL-2 e IL-4) e de óxido nítrico (NO). Também foi avaliada a produção de anticorpos IgG1 e IgG2a após imunização com rLPG3 associada ao MR1. Os camundongos Balb/c foram vacinados pela via subcutânea, o esquema vacinal consistiu em três doses em intervalos de 15 dias entre elas. Nossos resultados mostraram que o grupo imunizado com rLPG3 combinado com MR1 elevou a produção das citocinas IFN-γ, TNF, IL-6, IL-17, IL-2 e IL-10, quando os esplenócitos foram cultivados na presença de rLPG3 em comparação com as culturas de esplenócitos não estimulados pelos animais imunizados com a formulação vacinal completa. Foi observado aumento na produção dos anticorpos IgG1 e IgG2a séricas dos grupos imunizados com a rLPG3 combinada com MR1 em relação ao grupo controle PBS, além de menor razão de IgG1/IgG2a em comparação com o mesmo grupo controle. Os resultados apresentados indicam um perfil imunológico Th1/Th17, sendo um perfil desejado para o controle da doença. O segundo capítulo desse projeto se refere a uma revisão sistemática onde avaliamos evidências pré- clínicas sobre a eficácia de proteínas recombinantes em formulações vacinais para tratamento de LV em modelo murino. O protocolo de pesquisa foi baseado nas diretrizes do PRISMA. Os registros de pesquisa foram identificados nas plataformas Medline, Scopus e Web of Science. Para nossas análises, foram analisados o estágio na qual a proteína é expressa no parasito, protocolos de imunização e tratamento, acompanhamento pós-infecção, perfil de resposta imune e resultados parasitológicos. Nossa pesquisa selecionou, pelos critérios de exclusão, 33 artigos. Os resultados encontrados nos 33 estudos indicaram que o uso de proteínas recombinantes na formulação de vacinas induziu aumento em perfil de resposta Th1 por meio do aumento de citocinas inflamatórias (IFN-γ, IL-12, IL-2 e TNF) associado ao aumento da razão IgG2a/IgG1. Foi constatada redução na carga parasitária na maior parte dos trabalhos: apenas um estudo não indicou se houve ou não redução na carga parasitária após a imunização. Em suma, os resultados apresentados pela vacinação com proteínas recombinantes podem abrir portas para potenciais candidatos a serem testados em outros modelos animais pré-clínicos a fim de se encontrar um potencial candidato profilático para LV. Palavras-chave: Leishmania chagasi. Lipofosfoglicano-3. Leishmaniose visceral. Vacina. Proteína recombinante |