Avaliação da fitotoxidade dos compostos isolados do fungo Corynespora cassiicola (Berk & Curt.) Wei. e alterações anatômicas causadas por esse em Lantana camara L. (VERBENACEAE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Passos, Juliana de Lanna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8828
Resumo: Lantana camara L. é conhecida mundialmente como uma planta daninha extremamente agressiva. Originária da América tropical e subtropical, sua dispersão pelo mundo é devido, principalmente, a sua utilização como planta ornamental. A distribuição pantropical desta invasora e sua reconhecida nocividade estimularam a busca por inimigos naturais no seu centro de origem. Estudos da micobiota associada a L. camara L. revelaram a presença de Corynespora cassiicola f. sp. lantanae como um patógeno severo desta planta, o qual é capaz de provocar desfolhas e debilitação das plantas atacadas. Estudos anteriores indicaram a presença de uma fitotoxina envolvida na patogenicidade do fungo. Com o objetivo de isolar, identificar e testar a atividade fitotóxica de compostos produzidos pelo fungo foram feitos estudos fitoquímicos dos extratos obtidos a partir de grãos de arroz colonizados pelo fungo. A interação hospedeiro-patógeno foi investigada por observações feitas com microscopia de luz e eletrônica de varredura. Os testes biológicos dos extratos do fungo C. cassiicola isolado do tomateiro, revelaram fitotoxidez que foi atribuída à presença de ácidos graxos e do esteróide isolado, ergostatetra4,6,8(14),22-en-3-ona, nas frações estudadas. Os extratos, ao serem submetidos a ensaios biológicos, apresentaram atividades fitotóxicas em teste preliminares de inibição do desenvolvimento radicular de alface; germinação, crescimento de parte aérea e crescimento de raízes de espécies de plantas daninhas e plantas cultivadas; e sobre a síntese de ATP. O extrato CE também mostrou conter substâncias tóxicas, em teste de inibição do desenvolvimento radicular de alface e síntese de ATP. Este estudo foi uma investigação para o entendimento da interação C. cassiicola/L. camara L. Não foram observadas alterações estruturais, após a aplicação do filtrado sem conídios e da emulsão preparada a partir do extrato CAE. O surgimento de necrose foi verificado, após 24 horas da inoculação, com a suspensão de conídios e a via de penetração preferencial do fungo é intercelular. Outros sítios de penetração do fungo observadas foram: pelo complexo estomático, entre a lateral da célula-guarda e a célula epidérmica subsidiária, através do complexo epidérmico, o qual inclui a penetração através do tricoma (glandular ou tector). A planta demonstrou reação de hipersensibilidade ao patógeno através de espessamento das paredes da epiderme, granulação do citoplasma e formação de um tecido de cicatrização. A epiderme da face abaxial e o parênquima lacunoso foram os tecidos mais afetados. As células dos tecidos onde se observou a presença de hifas sofreram desorganização, algumas apresentaram hiperplasia, outras se tornaram amorfas e plasmolizadas. Observou-se a formação de almofadas apressoriais. Os testes histoquímicos para lipídeos, proteínas e compostos fenólicos não revelaram diferenças entre fragmentos foliares referentes ao controle e ao tratamento.