Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Camila Aparecida Carneiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28535
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Resumo: |
A inclusão, a permanência e os desafios enfrentados pelos idosos universitários, estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV), são os temas deste trabalho. A pesquisa foi desenvolvida na respectiva universidade e foram entrevistados sete estudantes com idade igual ou acima de sessenta anos que estavam regularmente matriculados na instituição. O objetivo geral foi compreender as relações de reconhecimento que os alunos idosos mantêm com a Universidade. A metodologia utilizada para a melhor compreensão do corpus investigado foi a Análise de Discurso (AD) de linha francesa. Os dados analisados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas. Na análise do corpus, identificamos o funcionamento de 10 (dez) temas dominantes, que se materializaram nos textos dos sujeitos idosos. Estes interdiscursos foram agrupados de acordo com as três esferas da Teoria do Reconhecimento de Axel Honneth: Amor, Direito e Solidariedade. Dentre os dez temas, construídos através do processo de-superficialização do corpus, foram definidos para análise as relações intergeracionais, os estereótipos sobre a velhice e idosos com acessibilidade e deficiência na UFV. Após a análise dos discursos dos sujeitos entrevistados, identificamos uma heterogeneidade nos modos como esses sujeitos atribuem sentidos sobre sua relação com a Universidade. No primeiro tema - relações intergeracionais - os universitários falaram sobre as vivências e o aprendizado com os colegas mais novos, o sentimento de exclusão dos grupos de trabalho e a ausência do reconhecimento do próprio sujeito enquanto idoso. Nesta esfera, foram manifestados exemplos de desrespeitos sofridos, apesar da construção simultânea da autoconfiança necessária para participar da vida pública. Observamos, pois, que suas atitudes têm relação com histórias de êxito na construção do vínculo amoroso com os familiares. No que tange à esfera do Direito - estereótipos sobre a velhice -, notamos diferença no tratamento destinado às idosas e aos idosos. As idosas frequentemente são questionadas sobre o motivo do retorno aos estudos, além de acusações sobre roubar o lugar do jovem. Para os idosos não há repreensões. Deduzimos, portanto, que eles possuem reconhecimento nesta esfera, ao contrário das mulheres idosas que, ao relatarem seus desconfortos, demonstraram compreender que seus direitos são diferentes dos oferecidos aos outros universitários. E na Solidariedade - idosos com acessibilidade e deficiência na UFV - percebemos que as sugestões de melhorias são tão diversas quanto os modos de viver a velhice por cada um dos entrevistados. Consideramos, igualmente, que para alguns sujeitos as lutas por reconhecimento na Universidade não são travadas por todos os entrevistados. Diante disso, propomos encaminhamentos para o fortalecimento das políticas para idosos na universidade, que abrangem a educação sobre a velhice, o processo de envelhecimento e os direitos dos idosos, o estímulo à convivência entre pessoas de diferentes idades e a ampliação dos atendimentos da Unidade de Políticas Inclusivas (UPI). Palavras-chave: Educação Superior. Idosos. Reconhecimento. Discurso. |