Composição e efeito da castanha de sapucaia (Lecythis pisonis Cambess.) nos parâmetros bioquímicos, histológicos e inflamatórios em ratos alimentados com dieta de cafeteria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carvalho, Izabela Maria Montezano de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal
Doutorado em Bioquímica Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/328
Resumo: As castanhas têm recebido atenção especial, pois são fontes naturais de vitaminas, minerais, proteínas e ácidos graxos essenciais, podendo assim contribuir para a dieta humana e de animais. Pesquisas recentes confirmam que esses alimentos são fontes ainda de compostos bioativos, os quais podem trazer benefícios significativos à saúde humana. O presente trabalho teve como objetivos: avaliar a composição química de castanhas da espécie sapucaia (Lecythis pisonis Cambess.) coletadas na região sudeste do estado de Minas Gerais (lipídios, proteínas, carboidratos, cinzas e umidade), teor de minerais por espectrometria de plasma e perfil lipídico por cromatografia gasosa; avaliar o efeito do consumo da castanha de sapucaia no metabolismo de ratos alimentados com dieta normal (AIN-93G) e dieta de cafeteria, durante quatro semanas, através da análise de parâmetros bioquímicos séricos (glicose, colesterol total, lipoproteína de alta densidade ligada ao colesterol HDL-colesterol e triacilgliceróis), avaliação histomorfométrica do tecido hepático (acúmulo de lipídios), e avaliação da expressão gênica dos marcadores inflamatórios adiponectina e fator de necrose tumoral alfa. Na análise da composição química da castanha de sapucaia, foram encontrados 54,8% de lipídios; 26,82% de proteínas; 5,01% de carboidratos; 3,17% de cinzas e 10,2% de umidade. O perfil lipídico revelou 43,1% de ácidos graxos polinsaturados, 41,7% de ácidos graxos monoinsaturados e 15,2% de ácidos graxos saturados. Os minerais que se destacaram pelos elevados teores foram fósforo, magnésio e manganês, revelando 941; 343 e 4,8 mg.100-1, respectivamente. Em relação ao experimento animal, a adição de castanha de sapucaia à dieta normal não provocou alterações significativas nos parâmetros bioquímicos e histológicos avaliados. Por outro lado, a expressão dos genes avaliada nestes grupos revelou alterações significativas, com aumento da expressão gênica de adiponectina e redução da expressão gênica de TNF-α após 4 semanas de experimento nos grupos que receberam castanha de sapucaia. Os grupos que tratados com dieta de cafeteria apresentaram aumento das concentrações séricas de glicose e colesterol total, com redução do HDLcolesterol. Além disso, a dieta de cafeteria levou ao acúmulo significativo de lipídios no tecido hepático. A adição de castanha de sapucaia à dieta de cafeteria não modificou o padrão de acúmulo lipídico no fígado dos animais, mas, em relação aos parâmetros bioquímicos, houve redução das concentrações da glicose e do colesterol sanguíneos, enquanto o HDLcolesterol foi aumentado. Finalmente, a adição da castanha de sapucaia à dieta de cafeteria aumentou significativamente a expressão gênica de adiponectina no tecido adiposo dos ratos.