Uso de lodo de estação de tratamento de água para remoção de fósforo em tratamento terciário de efluente de suinocultura

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Silva, Bruno Moreno Ramos da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa; Engenharia Civil
• Palavras-chave em Português: Lodo residual; Águas residuais - Purificação - Processo de lodo ativado; Sulfato de alumínio; Fósforo; Tratamento de Águas de Abastecimento e Residuárias
• Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29856; https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2022.509

O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de três reagentes de alumínio (sulfato de alumínio, coagulante recuperado e lodo de estação de tratamento de água (ETA)) na remoção de fósforo de efluente secundário de suinocultura. Os resultados foram obtidos por meio de ensaios em escala de bancada (Jar test). Em um experimento preliminar, foram definidas as condições de mistura (gradiente de velocidade = 100 s -1 e tempo de mistura = 5 minutos) para produção do coagulante recuperado a partir da adição de ácido sulfúrico ao lodo de ETA. A seguir, foi avaliada a influência do pH após a adição do reagente de alumínio e da dose de alumínio (expressa pela razão molar alumínio/fósforo – Al/P) sobre o desempenho dos reagentes testados. O pH não influenciou o desempenho do lodo de ETA e apresentou efeito fraco sobre a remoção de fósforo pelo coagulante recuperado e pelo sulfato de alumínio, sendo observada maior eficiência de remoção em pH = 5,0. Para todos os reagentes de alumínio, foi observada maior eficiência de remoção de fósforo quanto maior a dose aplicada, mais especificamente, com a dose Al/P = 3. Com o coagulante recuperado obteve-se eficiência de remoção de fósforo (99%) tão elevada quanto com o sulfato de alumínio (99%), porém, as eficiências de remoção de sólidos suspensos totais (SST) e de demanda química de oxigênio (DQO) foram menores com o coagulante recuperado (42% e 50%, respectivamente) do que com o sulfato de alumínio (60% e 59%, respectivamente). Entre as espécies de fósforo presentes no efluente secundário de suinocultura, foi obtida maior eficiência de remoção de fósforo reativo, comparativamente à remoção de fósforo orgânico em todos os ensaios. Na sequência, foi avaliada a influência do gradiente de velocidade e do tempo nas etapas de mistura rápida e floculação sobre o desempenho dos reagentes de alumínio. O uso do menor tempo (10 s) e menor gradiente de mistura (200 s -1 ), além de menor gradiente de floculação (30 s -1 ) resultou em maior eficiência de remoção de fósforo e de SST para todos os reagentes de alumínio. O gradiente de floculação foi o fator que mais afetou o desempenho dos reagentes de alumínio, principalmente na remoção de SST com o lodo de ETA e com o coagulante recuperado. O tempo de floculação afetou a remoção de fósforo e de SST com o coagulante recuperado e com o lodo de ETA, enquanto que o desempenho do sulfato de alumínio não aumentou com o aumento do tempo de floculação. O ajuste das condições de mistura e floculação resultou em melhoria de desempenho de todos os reagentes de alumínio, sendo obtidas, com a dose Al/P = 1, eficiências de remoção similares às obtidas com a dose Al/P = 2 no primeiro experimento. Com tempo de floculação de 15 minutos, o coagulante recuperado apresentou desempenho similar ao do sulfato de alumínio em termos de remoção de fósforo e SST, enquanto que com o lodo de ETA as eficiências obtidas foram bem inferiores. Palavras-chave: Lodo de ETA. Coagulante recuperado. Sulfato de alumínio. Efluente de suinocultura. Fósforo.