Análise da duração da estação chuvosa e da ocorrência de veranicos no Cerrado
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Engenharia Agrícola |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33732 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.754 |
Resumo: | Tem-se observado ao longo dos últimos anos que a escassez hídrica está se acentuando, contribuindo para aumentar as disputas pelo uso de recursos hídricos em várias bacias hidrográficas do Cerrado, região de grande importância para a agricultura brasileira. Nesse contexto, são importantes para o planejamento agrícola melhores estimativas da duração da estação chuvosa e da ocorrência de veranicos nessa região. O objetivo geral dessa dissertação foi avaliar a duração da estação chuvosa e a ocorrência de veranicos no Cerrado, com destaque nas regiões produtoras de soja. As datas de início (IEC) e de fim da estação chuvosa (FEC) foram obtidas pelo método acumulado de anomalias (AA). A duração da estação chuvosa (DEC) foi calculada pela a diferença entre FEC e IEC. Análise de cluster foi utilizada para definir regiões homogêneas em termos de início e fim da estação chuvosa. As tendências nas datas de IEC e FEC, e a DEC, foram avaliadas pelos testes de Mann-Kendall e Mann-Kendall Modificado, enquanto a magnitude das tendências foi calculada pelo teste de Inclinação de Theil-Sen. Os eventos de veranicos são períodos com pouca ou nenhuma precipitação durante a estação chuvosa (EC). Os veranicos foram classificados em seis grupos de acordo com sua duração: VA (5 a 6 dias), VB (7 a 8 dias), VC (9 a 10 dias), VD (11 a 12 dias), VE (13 a 14 dias) e VF (15 dias ou mais). A ocorrência dos veranicos foi muito variada. Utilizando a distribuição de probabilidade de Poisson, foi avaliada a probabilidade de ocorrência de pelo menos um veranico em um determinado decêndio. Para o estabelecimento de regiões homogêneas de ocorrência de veranicos foi utilizada análise de cluster. Além disso, as tendências de ocorrência também foram avaliadas pelos testes de Mann-Kendall e Mann-Kendall Modificado, e a magnitude das tendências foi determinada pelo teste não paramétrico de Inclinação de Theil-Sen. As datas de IEC variaram de 1 de agosto a 12 de março, e as de FEC de 4 de outubro a 31 de julho. A estação chuvosa começou mais cedo no sudoeste e noroeste do Cerrado e mais tarde no Nordeste. O FEC ocorreu mais cedo no leste e mais tarde no extremo nordeste, sul e sudoeste do Cerrado. As datas de maior probabilidade de ocorrência de IEC foram entre 26 de agosto e 13 de janeiro, e de FEC entre 2 de fevereiro e 1 de julho. Foram identificadas cinco regiões homogêneas para IEC e seis para FEC. Em muitas regiões do Cerrado, observou-se que o IEC está ocorrendo mais tarde, o FEC mais cedo, e a duração da estação chuvosa está diminuindo. Veranicos menores são mais frequentes do que os maiores, sendo que as maiores durações já registradas ocorreram principalmente no sudoeste e sul do Cerrado. As maiores proporções de dias com veranicos na estação chuvosa foram detectadas no leste, sul e sudoeste do Cerrado. A probabilidade de ocorrência de veranicos menores é maior, e há uma variação significativa na frequência dos veranicos em todo o Cerrado, com tendência de aumento ao leste e diminuição ao oeste. O Cerrado foi dividido em cinco regiões homogêneas, com os Grupos G3 e G4 apresentando o maior número de ocorrências em um ano. Palavras-chave: risco agrícola; irrigação; agricultura de sequeiro; planejamento agrícola. |