Namoro, disciplina e liberdade: problematizando afetividades e sexualidades em uma escola família agrícola
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento Mestrado em Extensão Rural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4160 |
Resumo: | A presente pesquisa foi realizada em uma Escola Família Agrícola (EFA-PURIS), localizada na Zona da Mata de Minas Gerais, quando foram problematizados os temas afetividade e sexualidade e realizados levantamentos de dados junto aos estudantes, pais, monitores e direção da EFA. O objetivo geral do trabalho foi identificar os significados de desses temas junto a esses atores. O trabalho partiu da premissa de que os conteúdos educativos a serem trabalhados pelos monitores na Escola extrapolam a formalidade programática. Ao receber jovens em moradia intensiva durante 15 dias, os monitores e gestores tornam-se responsáveis pelos educandos, o que coloca diante de grandes desafios de gestão e controle. Nos outros 15 dias esses estudantes retornam para suas casas, para o convívio com sua família. Nessa mudança, tempo casa e tempo escola, dinâmicas da vida são alternadas, valores distintos podem ser vivenciados e a tão esperada complementaridade casa-escola pode ser rompida ou alicerçada. Para coleta de dados, técnicas participativas marcaram o trabalho de campo, além de análise documental, observação participante, entrevistas e registro de depoimentos e imagens. Os significados e valores atribuídos aos temas não são idênticos entre pais, estudantes, monitores e gestores, em razão das diferentes condições nas quais eles se encontram. Mas, os temas são um problema para todos os agentes. Para monitores, as dificuldades de se tratar os temas na Escola vêm de lacunas na formação, da intensidade do convívio e de suas responsabilidades como orientadores. Para os pais, os temas causam preocupação em razão das influências externas (TV) e por acharem que namoro e Escola são excludentes. Para os estudantes, esses são temas que merecem ser debatidos não só com informações biológicas, mas, também, filosóficas e culturais. Na idade em que se encontram na Escola, viver as afetividades e poder discutir as sexualidades são questões cruciais na definição de seus futuros. |