Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Batista, Angelita Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8965
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Resumo: |
As transformações que ocorreram nas últimas décadas impuseram desafios à dinâmica do capitalismo contemporâneo. Sob um novo paradigma tecnológico-organizacional, decorrente das inovações nos processos de transmissão e processamento da informação (tecnologias da comunicação e computacional), evidencia-se, mais do que nunca, a importância das inovações, não só tecnológicas, mas também organizacionais, na construção das vantagens competitivas, sejam essas de uma firma ou país. Tomando como base insights das teorias neo-schumpeteriana e institucionalista, que enfatizam, respectivamente, os papéis da inovação no desempenho econômico dos países e das instituições no processo inovativo, caracterizou-se, sob o ambiente institucional da década de 90 (modificações referentes a direitos de propriedade, transferência de tecnologia), o processo inovativo no país como um todo, em termos de em termos de produção tecnológica (patenteamento), incorporação e capacidade competitiva tecnológica (fluxo de produtos e serviços do balanço tecnológico), e na indústria farmacêutica. Nessa análise, em específico, questionou se até que ponto a elevada participação de empresas estrangeiras, em geral, maiores que as domésticas e com mais possibilidades de formar e, ou integrar-se a networks (redes), contribuiu para a dinamização da atividade inovativa no país. Verificou-se que apesar do patenteamento no Brasil ter se elevado na década de 90, esse não retornou aos níveis do início dos anos 80. O aumento, predominantemente de concessões de patentes de invenção a não- residentes, não gerou, necessariamente, transferência de tecnologia para empresas da indústria nacional Constatou-se, portanto, na análise do balanço tecnológico, que a década de 90 não significou um aumento do dinamismo tecnológico e da competitividade em produtos de alta tecnologia para o país. As mudanças institucionais e os incentivos do governo não foram, portanto, suficientes para reduzir a defasagem tecnológica do país, fruto de políticas de décadas anteriores que não enfocaram a questão tecnológica. Mais especificamente, para o setor de medicamentos da indústria farmacêutica, verificou-se que os altos níveis de concentração e a baixa atividade inovativa das empresas nacionais, na década de 90, reafirmaram a necessidade não somente de políticas de planejamento para o setor (criação de um ambiente favorável), mas de instituições sólidas que as respaldem. Caso não haja estrutura física e institucional que possibilite o aproveitamento de novas oportunidades, os ganhos decorrentes do poder de monopólio, gerado pela concessão de patentes, podem sobrepujar os da divulgação de inovações. Com isso, o crescimento das empresas monopolistas, em geral, de capital estrangeiro resulta numa maior concentração econômica, menor dinamização e maior dependência tecnológica da indústria nacional. Ou seja, na ausência de uma intervenção mais ativa do governo, via políticas institucionais, creditícias, de incentivo fiscal, que estimulem a empresa nacional não será possível, a longo prazo, o crescimento do número de inovações com maior teor tecnológico e, conseqüentemente, o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil. |