Identificação de patógenos de Apis mellifera em produtos apícolas comercializados no Estado de São Paulo e Perfil da sanidade apícola no Vale do Ribeira, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Lubiane Guimarães dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26636
Resumo: A sanidade apícola representa hoje uma preocupação devido ao declínio populacional de abelhas melíferas que vem sendo observado em vários países. As abelhas Apis mellifera podem ser acometidas por diversos patógenos e a confirmação da relação entre a presença destes agentes e o enfraquecimento de colônias demonstra a necessidade de estabelecimento de um sistema de controle epidemiológico mais eficiente. Os objetivos deste trabalho foram padronizar o processamento de amostras de mel, pólen e geleia real para detecção de patógenos em produtos apícolas, provenientes de estabelecimentos com registro no Serviço de Inspeção Federal (S.I.F.) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), comercializados no Estado de São Paulo e avaliar a presença de patógenos em apiários do Vale do Ribeira, SP. Para análise dos produtos apícolas foi padronizado o processamento de amostras, capaz de detectar simultaneamente esporos de Nosema apis, Nosema ceranae, Ascosphaera apis e unidades formadoras de colônias de Paenibacillus larvae em mel, pólen apícola e geleia real. Para avaliar o perfil sanitário de apiários do Vale do Ribeira, SP, foram analisadas amostras de abelhas operárias campeiras, favos de cria e favos de mel, coletadas em 10 municípios da região, para verificar a contaminação por Nosema sp., Paenibacillus larvae e Varroa destructor. O processamento de amostras padronizado apresentou limiar de detecção de 25 esporos de N. ceranae, 150 esporos de A. apis e 8 esporos de P. larvae. Do total de 39 amostras de produtos apícolas obtidas, apenas dez não apresentaram contaminação por nenhum dos patógenos analisados. Nosema ceranae foi detectado em 74,3% das amostras analisadas, Ascosphaera apis foi detectado em 15,3% e Panibacillus larvae em 2,5%. O processamento de amostras para detecção de patógenos padronizado neste estudo poderá servir de subsídios para diretrizes governamentais para o controle sanitário de produtos apícolas. Na região do Vale do Ribeira, SP, foi encontrada média de 1.069.033 (mínimo de 33.000 e máximo de 3.087.000) esporos de N. ceranae por abelha, além de uma taxa de infestação pelo ácaro V. destructor de 8,88% e 3,26% em abelhas adultas e células de cria, respectivamente. Esses resultados reafirmam a alta prevalência de N. ceranae e V. destructor que vem sendo encontrada em diversas partes do mundo.