Identificação e agrupamento genético por MLST e PFGE de isolados bacterianos obtidos de fazendas da região do Campo das Vertentes, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Luiz, Lívia Maria Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos
Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/467
Resumo: O Brasil é o 6º maior produtor de leite no mundo, sendo o estado de Minas Gerais o primeiro produtor de leite e queijos do país. O leite produzido nas diferentes regiões do Estado contém uma microbiota autóctone diversificada, e pode condicionar características sensoriais diversas aos produtos feitos a partir deste leite. O objetivo deste trabalho foi identificar uma parte da microbiota mesófila autóctone e agrupar geneticamente por meio das técnicas MLST e PFGE isolados obtidos de leite cru, solo e silagem de seis propriedades produtoras de leite na região do Campo das Vertentes no Estado de Minas Gerais. A partir de 200 isolados caracterizados inicialmente por coloração de Gram e teste da catalase, 50 foram identificados em nível de espécie por meio de técnicas genotípicas de PCR espécie-específica e sequenciamento do gene 16S rDNA. A diversidade clonal dos isolados pertencentes aos gêneros Lactococcus e Enterococcus foi determinada por meio da técnica PFGE. A proximidade filogenética das cepas de Lactococcus lactis subsp. lactis foi observada por meio da técnica MLST. Objetivou-se também comparar o poder discriminatório das técnicas MLST e PFGE, utilizando as cepas de L. lactis subsp. lactis como base de comparação. A caracterização molecular dos isolados levou a identificação de 4 gêneros de bactérias do ácido lático: Lactobacillus, Leuconostoc, Lactococcus e Enterococcus, e também de espécies pertencentes ao gênero Staphylococcus. Entre os gêneros de BAL, Lactococcus e Enterococcus agruparam a maior parte das espécies encontradas. L. lactis foi a espécie mais frequente nas diferentes amostras, sendo isoladas principalmente do leite cru. A diversidade clonal dos isolados pertencentes ao gênero Lactococcus mostrou uma importante variabilidade, visto que os 10 isolados L. lactis subsp. lactis foram agrupadas em 4 diferentes grupos. Já para os isolados de Enterococcus, não foi observada variabilidade. Os isolados, oriundos de diferentes propriedades, foram concentradas em um mesmo grupo, indicando que estas cepas autóctones são dominantes da região. A técnica MLST nos permitiu caracterizar e observar as relações filogenéticas entre as cepas de L. lactis subsp. lactis agrupando-as em diferentes ST. Por meio desta técnica, pode-se identificar e associar os diferentes ST com características tecnológica industriais, para aplicação destas cepas como culturas starters