Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Castro Bonilla, Michael Alejandro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://locus.ufv.br//handle/123456789/25802
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Resumo: |
O gênero neotropical Inga Mill pertence à família Leguminosae compreende aproximadamente 300 spp., destas 48 são endêmicas da floresta Atlântica brasileira e Inga subnuda Salzm. ex Benth é uma delas. O tratamento taxonômico atual considera I. subnuda como uma espécie com duas subespécies; I. subnuda subsp. subnuda e I. subnuda subspp. luschnathiana, que apresentam morfologia sobreposta, e além disso, estão distribuídas ao longo da costa Atlântica brasileira, desde o estado da Paraíba até Santa Catarina. Contudo, as dificuldades em estabelecer os limites morfológicos entre as duas subespécies têm sido discutidas. Este trabalho visa realizar uma abordagem integrativa entre evidencias morfológicas e ecológicas para resolver e esclarecer os limites nas duas subespécies. As variações morfológicas e os dados bioclimáticos das duas subespécies foram avaliados através da morfometria e de modelagem de nicho ecológico. A morfometria foi realizada com base em 613 espécimes depositados em herbários e obtidos após excursões de campo. Foram selecionados 54 espécimes e avaliados 25 caracteres de folha, flor e fruto, incluindo aqueles que se mostraram consistentes na identificação dos táxons. Devido à ausência de materiais com dados completos o estudo foi separado em duas matrizes, uma contendo os caracteres de flor e outra os caracteres de folha. Foram realizadas a análise de componentes principais (PCA) e a análise discriminante. De posse dos caráteres indicados nas análises preliminares foram realizados teste de comparação de média para explorar diferenças. A modelagem de nicho foi realizada em base nos registros dos herbários. A informação foi filtrada e uma tabela final foi elaborada com as identificações e coordenadas verificadas. Um total de 11 variáveis bioclimáticas e a altitude foram utilizadas na modelagem. A construção do modelo foi feita através do software MaxEnt nos cenários passados e atual. Potenciais áreas de estabilidade foram indicadas. A validação do modelo foi realizada mediante TSS (true skill statistics) e AUC (area under curve). A sobreposição de nicho foi analisada mediante índice de Schoener's e testes de similaridade e equivalência. Os resultados da morfometria mediante a análise de componentes principais e a analise discriminante indicaram três caracteres de folha e 3 caracteres de flor como aqueles que mais contribuíram na separação dos grupos. Os caracteres de folha foram: comprimento do pecíolo, largura da ala do ápice e comprimento da estípula. Nesses caracteres o teste indicou diferenças significativas na largura da ala do ápice, mas sem diferenças nos outros dois caracteres. Os caracteres de flor foram: comprimento do pedúnculo, comprimento da raque floral e o comprimento do pedicelo da flor. Nesses caracteres o teste indicou diferenças significativas no comprimento do pedicelo da flor, mas não indicou diferenças nos outros caracteres. Os resultados da modelagem de nicho mostraram que quando a espécie era tradada como táxons diferentes o modelo mostrava-se mais consistente. A modelagem do passado evidenciou mudanças ao longo do Quaternário e indicaram que as duas subespécies foram afetadas de forma diferente. O modelo foi condizente com outros estudos de modelagem para a floresta Atlântica coincidindo em áreas estáveis mencionadas em outros estudos. No que tange à sobreposição do nicho, o índice de Schoener's foi moderado, o espaço climático foi similar, mas não idêntico, o que pode sugerir especiação por divergência de nicho. Os resultados do presente estudo permitem considerar as duas subespécies de I. subnuda como espécies diferentes. É proposto para I. subnuda subsp. luschnathiana um novo status como espécie, são fornecidos uma ilustração, descrição e comentários taxonômicos. A presente dissertação foi organizada no formato de artigo científico intitulado ‘Paleoclimatical Quaternary Cycles and Traditional Morphometrics Unravel Newness in Atlantic Forest Endemic subspecies of Inga subnuda Salzm. ex Benth. (Mimosoideae: Fabaceae). |