Resposta imune celular de Polybia platycephala (Hymenoptera: Vespidae) desafiado por Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Venâncio, Daniele de Fátima Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6790
Resumo: A monocultura reduz o equilíbrio ambiental, o que favorece o surgimento de pragas. O uso de biopesticidas no controle biológico é uma alternativa eficiente, mas pode afetar inimigos naturais, o que tem motivado a busca de métodos seletivos aos organismos alvo. Insetos têm sistema imunológico para combater entomopatógenos, mas a tolerância e a dinâmica do sistema imune em vespas sociais são, ainda, pouco conhecidas. Vespas sociais são predadores importantes no controle biológico e estão em constante contato com organismos entomopatogênicos. O objetivo do trabalho foi caracterizar as células da hemolinfa de fêmeas adultas de Polybia platycephala Richards (Hymenoptera: Vespidae) e avaliar o impacto dos fungos Beauveria bassiana (isolado ESALQ PL 63) e Metarhizium anisopliae (isolado ESALQ E9) na sobrevivência e na resposta hemocitária desta vespa social. A descrição morfológica dos hemócitos foi realizada por meio de microscopia de luz. Alterações na sobrevivência e dinâmica hemocitária de P. platycephala foram estudadas em duas categorias: 1) diferentes concentrações de solução fúngica e 2) diferentes intervalos de tempo. Quatro tipos de hemócitos foram identificados durante a descrição da morfologia dessas células: prohemócitos, plasmatócitos, granulócitos e oenocitóides. Os hemócitos de P. platycephala apresentaram o mesmo padrão morfológico de outras espécies da ordem Hymenoptera. Nas maiores concentrações de M. anisopliae no tratamento tópico (1 x 108 e 1 x 109 esporos/mL) reduziram a sobrevivência e o número de granulócitos e prohemócitos de P. platycephala. O fungo B. bassiana foi patogênico em todas as concentrações testadas por contato, diminuindo a sobrevivência e o número de granulócitos de P. platycephala. Nos tratamentos por ingestão, B. bassiana mostrou-se patogênico com 1 x 109 esporos/mL. Metarhizium anisopliae (isolado ESALQ E9) não reduziu a sobrevivência das vespas nas concentrações 1 x 106 e 1 x 107 esporos/mL, o que é importante para programas de manejo integrado de pragas. No entanto, o impacto negativo de B. bassiana (isolado ESALQ PL 63) em todas as concentrações testadas indica a incompatibilidade deste fungo com P. platycephala.