Atratividade de iscas e efeito da sazonalidade no forrageamento de Atta bisphaerica Forel, 1908

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Lima, Carlos Alberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11002
Resumo: Objetivou-se com esta pesquisa estudar a atividade forrageadora de A. Bisphaerica verificando se a formação e manutenção das trilhas, o polimorfismo e o transporte de cargas são influenciados pela sazonalidade. Além disso, o presente trabalho teve como objetivo buscar um atrativo mais eficiente que a polpa cítrica para aumentar a aceitação das iscas granuladas por essa espécie de saúva. Por meio de avaliações quinzenais observou-se, durante 12 meses, o número de trilhas, o comprimento das trilhas, o número de bifurcações, a área de forrageamento, e o número de olheiros de alimentação estaqueados ativos e obstruídos. Com os resultados obtidos pôde-se concluir que o forrageamento dessa espécie sofre grande influência da sazonalidade. Durante a época seca do ano, trilhas são maiores e mais numerosas do que na chuvosa. Além disso, a partir de outubro, com a ocorrência de chuvas mais intensas, houve grande obstrução dos olheiros de alimentação, o que resultou na redução de olheiros ativos. A fi de verificar se o polimorfismo e transporte de cargas também são influenciados pela sazonalidade, coletaram-se 200 operárias com suas respectivas cargas a cada dois meses , durante um ano. Além disso, observou-se o comportamento de corte de 200 operárias. Analisando-se os resultados, verificou- se que o polimorfismo é influenciado pela sazonalidade, e que as operárias são pouco seletivas quanto ao tamanho da carga durante todo o ano. Observou-se ainda que a mesma operária que corta o material também o transporta para o ninho. Em relação à avaliação das iscas com atraentes alternativos, comparou-se o carregamento dos grânulos das iscas artesanais à base de folhas de capim Jaraguá e de cana-de-açúcar, de colmo de cana-de-açúcar, e de farinha de trigo com o da isca comercial sem princípio ativo. Também comparou-se com esta última, o carregamento da isca de papel-filtro impregnada com extrato não volátil de capim Jaraguá, metanol e isca de papel-filtro sem impregnação. Pelos resultados obtidos, conclui-se que a isca à base de capim Jaraguá foi sempre a mais preferida pelas operárias de A. bisphaerica, seguida pela isca à base de folhas de cana-de-açúcar. A isca de papel-filtro impregnada com extrato não volátil de capim Jaraguá e a isca de polpa cítrica foram pouco atrativas. As iscas granuladas comerciais inadequados para (polpa cítrica) apresentaram massa e diâmetro espécie, dificultando o seu transporte pelas operárias forrageadoras, além da baixa atratividade para essas operárias.