Oferta brasileira de exportação de carne bovina, 1990- 2002

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Reis, Janderson Damaceno dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8983
Resumo: O Brasil, em 2002, foi o segundo maior produtor de carne bovina do mundo. Sua produção foi de cerca de 7,14 milhões de toneladas de equivalente- carcaça, estando atrás apenas dos Estados Unidos, que produziu cerca de 12,33 milhões. Tradicionalmente, o mercado interno consumia grande parte do que era produzido no Brasil, sendo as exportações apenas uma via secundária de comercialização. No entanto, o país vem aumentando, nos últimos anos, sua presença no mercado mundial de carne bovina. Nota-se que o Brasil, mesmo sem ter acesso aos mercados compradores de carne bovina mais importantes do mundo, tem aumentado muito suas exportações. O mercado mundial da carne oferece oportunidades ímpares de crescimento, desde que o País alcance o controle sanitário total e assegure absoluta segurança de procedência do produto brasileiro. Este trabalho procurou centralizar a atenção no mercado externo de carne bovina brasileira, com ênfase no mercado europeu. Os principais objetivos deste trabalho foram avaliar o mercado de exportação de carne bovina brasileira no período de 1990 a 2002 e analisar o comportamento das exportações brasileiras de carne bovina, principalmente para a União Européia. Para isso, o desempenho do setor exportador foi avaliado por meio de uma análise do tipo Participação Constante de Mercado (Constant Market Share), e foram estimadas equações de oferta de exportação a fim de analisar o relacionamento entre as variáveis responsáveis pelas exportações de carne bovina brasileira. As exportações brasileiras cresceram a taxas elevadas no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2002; no entanto, a produção brasileira permaneceu estabilizada e o consumo doméstico decresceu. O crescimento das exportações de carne bovina in natura foi bem superior, se comparado ao da carne industrializada. O maior controle sanitário do rebanho brasileiro, principalmente em relação à febre aftosa, aliado a uma organização da distribuição e ao cenário internacional favorável, tem contribuído para a conquista de novos mercados para carne in natura brasileira. A desvalorização do Real em relação ao Dólar americano foi outro fator que contribuiu de maneira positiva para o aumento das exportações desse produto. O crescimento efetivo e o aumento da participação brasileira no comércio internacional de carne bovina, no período de 1990 a 2002, se devem ao aumento da competitividade do produto nacional no comércio internacional. A participação da União Européia nas exportações brasileiras de carne bovina in natura e industrializada apresentou uma queda acentuada em todo o período de análise (janeiro de 1996 a dezembro de 2002). Apesar do crescimento ascendente das exportações brasileiras de carne bovina nos últimos anos, elas ainda têm muito espaço para crescer. Para que o Brasil consiga atender à demanda internacional de carne bovina, que já existe hoje e continuará crescendo, há mesmo necessidade de adoção de políticas que privilegiem as exportações do setor.