Envolvimento de chaperonas moleculares na infecção do potyvírus Pepper yellow mosaic virus (PepYMV) em hospedeiros suscetíveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Maciel, Laiane Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8466
Resumo: Os vírus que infectam plantas apresentam um genoma pequeno e codificam um número reduzido de proteínas. A limitação do número de proteínas virais é superada pela modulação da expressão de genes na célula hospedeira. O mapeamento das redes de interações entre fatores do patógeno e do hospedeiro tem fornecido respostas importantes para a compreensão dos processos que favorecem a infecção viral. O objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição de duas proteínas do tomateiro, a chaperona citosólica Hsp70 e sua co-chaperona DnaJ (classe 1) no estabelecimento da infecção pelo Pepper yellow mosaic virus (PepYMV). Essas duas proteínas foram identificadas com a expressão induzida em células infectadas pelo PepYMV. A sequencia codificadora da Hsp70 de tomateiro (SlHsp70) foi clonada e sequenciada. A análise in silico mostrou a presença de todos os domínios típicos de uma Hsp70. Alinhamento entre a sequencia da proteína SlHsp70, e as Hsps70 de Arabidopsis thaliana, Nicotiana benthamiana e Nicotiana tabacum mostrou uma alta conservação na sequência de aminoácidos das quatro proteínas alinhadas. A localização subcelular de SlHsp70 em células infectadas pelo PepYMV foi analisada por microscopia confocal. Células sadias e infectadas apresentaram uma localização nuclear e citoplasmática, entretanto em células infectadas foi possível observar a expressão da Hsp70 em estruturas ancoradas a membrana semelhantes a vesículas replicativas induzidas pela proteína viral 6K2. Para avaliar a ocorrência de interação entre SlHsp70 com proteínas virais, e SlDj1 com proteínas virais foi realizado um ensaio de duplo hibrido em leveduras. Não houve a detecção de nenhuma interação entre as proteínas do PepYMV e as proteínas SlHsp70 e SlDj1. Foi detectado a ocorrência de interação entre SlHsp70 e SlDj1. Com o objetivo de avaliar o efeito do silenciamento de SlDj1 na infecção viral, plantas de tomateiro foram transformadas com uma construção que induz o silenciamento de SlDj1 via Agrobacterium tumefaciens. As plantas transformadas silenciadas apresentaram um fenótipo de letalidade e esse fenômeno não permitiu a quantificação do acúmulo do PepYMV em tomateiros transformados. Os resultados deste trabalho sugerem que as proteínas SlHsp70 e SlDj1 favorecem a infecção viral de forma indireta, e que estudos mais detalhados irão formecer informações sobre o envolvimento dessas proteínas no processo de infecção pelo PepYMV.