Biodisponibilidade in vitro e in vivo de ferro e zinco do feijão com potencial para a biofortificação e efeitos da batata yacon no estado nutricional e na resposta imunológica de pré-escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Tostes, Maria das Graças Vaz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6425
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar biodisponibilidade de ferro e zinco de feijão com potencial para a biofortificação usando técnicas in vivo e in vitro e estudos em humanos (Artigo 1) e avaliar o efeito da batata yacon no estado nutricional de ferro e zinco e resposta imunológica de pré-escolares (Artigo 2). No artigo 1, a biodisponibilidade de ferro e zinco do feijão com potencial para a biofortificação Pontal (PO) e do feijão convencional Pérola (PE) foram avaliadas utilizando células Caco-2 e como índices de captação de ferro e zinco os níveis de ferritina/proteína e zinco/proteína produzidos pelas células; a biodisponibilidade de ferro foi avaliada em estudos com ratos usando a metodologia de depleção-repleção; e os efeitos da ingestão dos feijões no estado nutricional de ferro e zinco de pré- escolares avaliados após 18 semanas de consumo destes alimentos. Não houve diferença nos níveis de ferritina e na captação de zinco pelas células Caco-2 comparando-se o feijão com potencial para a biofortificação ao convencional. No estudo com animais, ambos os feijões apresentaram alta biodisponibilidade de ferro, sem diferença entre os dois. Em pré-escolares, não foram observadas mudanças no estado nutricional de ferro e zinco após 18 semanas de consumo do feijão PO. A biodisponibilidade de ferro e zinco não foi diferente entre o PO e PE, utilizando diferentes metodologias como culturas de células, animais ou estudos em humanos, mostrando que mais esforços deveriam focar no aumento dos níveis de minerais mais biodisponíveis. No artigo 2, crianças de 2 a 5 anos de idade foram selecionadas de duas creches municipais: grupo controle (C) e grupo Yacon. O grupo Y recebeu yacon por 18 semanas e o estado nutricional de ferro e zinco (eritrograma, ferro séricos, ferritina e zinco plasmático e eritrocitário) e resposta imune (IL-4, IL-10, IL- 6, TNF-α e IgA secretória) foram avaliados antes e após a intervenção alimentar. Foi observado que as crianças do grupo Y apresentaram baixos níveis de hemoglobina, o zinco eritrocitário estava reduzido tanto no grupo C quanto no grupo Y ao final do estudo e que a ingestão de yacon aumentou os níveis séricos de IL-4 e sIgA fecal. A yacon melhorou a resposta imune intestinal, mas não apresentou efeitos positivos no estado nutricional de ferro e zinco em pré-escolares.