Estrutura diamétrica, biomassa, ingresso e mortalidade em floresta atlântica secundária ao longo de 24 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Caliman, Jônio Pizzol
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br//handle/123456789/26016
Resumo: Inventários florestais contínuos (IFCs) são ferramentas importantes para o manejo adequado de florestas. Análises como a distribuição diamétrica, quantificação de biomassa e ingresso e mortalidade permitem compreender melhor a dinâmica da floresta e facilitam a tomada de decisões para gestão e conservação. O objetivo desse estudo foi avaliar a distribuição de diâmetros, a produção de biomassa e o ingresso e mortalidade de árvores, ao longo de 24 anos, em uma Floresta Atlântica secundária, em Minas Gerais, Brasil. As árvores maiores que 5,0 cm de diâmetro foram sistematicamente monitoradas de 1992 a 2016, em dez sítios diferentes. O diâmetro quadrático médio (Dq), o incremento periódico anual do diâmetro quadrático médio (APIDq), o Quociente de Liocourt (q) e a distribuição de diâmetros, usando o modelo exponencial de Meyer, foram analisados. O teste de identidade de modelos foi usado para comparar a distribuição diamétrica nos diferentes sítios da floresta e ao longo dos anos de medição. A biomassa total (BT) – soma de biomassa de fuste, galhos, folhas, raízes, lianas e árvores com menos de 5,0 cm de dap – foi estimada a partir de equações de biomassa, equações de volume e densidade da madeira. Diferentes modelos foram testados para descrever a produção de biomassa em função dos sítios. O modelo logístico foi utilizado para descrever a produção de biomassa em função dos grupos ecológicos e da fertilidade do solo e, depois, o teste de identidade de modelos foi aplicado. O ingresso e a mortalidade foram expressos em demografia (contagens) de indivíduos e respectivas taxas anuais médias e área basal, para cada intervalo de medição. A mortalidade das árvores foi analisada, também, por classe de diâmetro, em cada sítio, empregando-se intervalos de classe com amplitude de 5,0 cm. Não houve mudança na distribuição de diâmetros ao longo do tempo para a floresta como um todo, independente dos sítios. No entanto, quando os dez sítios e cada ano de medição foram analisados separadamente, os testes mostraram diferenças. A produção de biomassa variou de 180,11 Mg ha-1 (1992) a 353,60 Mg ha-1 (2016) para a floresta como um todo. Produção diferenciada de biomassa foi abservada em função dos sítios e da florística (grupos ecológicos). As espécies secundárias iniciais (SI) acumularam mais biomassa do que as pioneiras (P) e as secundárias tardias (ST). O acúmulo de biomassa foi maior nos sítios com alta fertilidade natural. A taxa de ingresso variou de 1,75 % ano-1 a 6,66 % ano-1 e a de mortalidade oscilou de 1,91 % ano-1 a 2,90 % ano-1, nos diferentes intervalos de medição. O ingresso e a mortalidade variaram de acordo com os sítios. A área basal das árvores mortas doi maior do que a área basal das árvores ingressantes. Houve uma mortalidade de 82 árvores ha-1 na primeira classe de diâmetro (56,07 % das árvores mortas). Conclui-se que a análise específica de cada sítio quanto à distribuição diamétrica, produção de biomassa e dinâmica de ingresso e mortalidade é necessária para implementar práticas e recomendações de manejo adequadas, particularmente nas áreas montanhosas, caracterizadas por variações ambientais distintas e perceptíveis.