O processo de implementação do Programa Minha Casa Minha para população de baixa renda: o caso de Viçosa- MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guimarães, Eliane Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia familiar; Estudo da família; Teoria econômica e Educação do consumidor
Mestrado em Economia Doméstica
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3391
Resumo: Essa pesquisa teve como objetivo geral analisar o processo de implementação do programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) em Viçosa-MG, e como esse processo se reverteu no acesso à casa pela população de baixa renda. Especificamente pretendeu-se traçar o perfil socioeconômico dos beneficiários; analisar o processo de implementação do programa frente à configuração legal que o regulamenta; a participação dos seus beneficiários no processo de implementação; a percepção dos beneficiários em termos de sua satisfação com a casa adquirida; as condições de infraestrutura do empreendimento e aos aspectos simbólicos do acesso à habitação. Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva, em que se realizou uma avaliação pós-ocupação, com abordagem mista, utilizando-se como técnica de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, a fotografia, a observação participante e a análise documental. Para atender aos objetivos propostos investigou-se a implantação dos três conjuntos habitacionais (Benjamim José Cardoso, César Santana Filho e Floresta) voltados para população de baixa renda no município de Viçosa, entrevistou-se 76 beneficiários, representantes da Caixa Econômica Federal, funcionários do Departamento de Habitação e Urbanismo do Município de Viçosa, bem como, realizou-se observação participante nas reuniões do Conselho Municipal de Habitação e nas atividades do Trabalho Técnico Social. A partir do trabalho realizado, concluiu-se que os beneficiários encontram-se dentro da faixa de renda estipulada pelo PMCMV, e embora se sintam realizados com a conquista da casa própria , conseguem perceber que a infraestrutura disponibilizada não os atende, principalmente, em relação à acessibilidade ao conjunto, ao transporte público, aos serviços de correio, telefonia, saúde e segurança. Para além desses resultados foi possível perceber também que não há participação dos beneficiários no processo de implementação e os atores locais acabam repetindo ações realizadas à época do Banco Nacional de Habitação (BNH), sem primar pela qualidade da localização e da distribuição dos serviços e infraestrutura, o que contribui para o aumento da segregação socioespacial, das desigualdades, da exclusão social e da não apropriação do espaço pelos beneficiários. Palavras chaves: Política habitacional, participação, casa própria.