Avaliação do conforto térmico de uma biblioteca universitária pela ASHRAE Standard 55 e EN 15251

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Valadão, Júlia Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Geotecnia; Saneamento ambiental
Mestrado em Engenharia Civil
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3765
Resumo: Desde a crise de energia de 2001, o Brasil busca racionalizar o seu consumo energético, utilizando, como um dos instrumentos para atingir essa finalidade, a criação de níveis mínimos de eficiência energética. Esse processo, iniciado com os eletrodomésticos, galgou novo patamar ao incluir as edificações no Programa Brasileiro de Etiquetagem, em 2009, conforme se verifica pelo Regulamento Técnico da Qualidade do Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais de Serviços e Públicos (RTQ-C). Embora o RTQ-C permita que se mensure o nível de eficiência das edificações, não garante os índices de conforto higrotérmico, já que silente nesse aspecto, mantendo-se, assim, a tradição nacional de inexistência de regulamentação nessa matéria. Partindo desses fatos, o presente estudo objetivou comparar os níveis de conforto higrotérmico entre as normas ANSI/ASHRAE Standard 55 e EN 15251, tendo como estudo de caso a Biblioteca Central da Universidade Federal de Viçosa-MG, apontando as diferenças entre os seus resultados. A pesquisa foi realizada em quatro etapas principais: a realização de medições in loco da edificação em três épocas do ano, para coleta das condições higrotérmicas de verão, outono e inverno; a realização dos testes pré-modelagem, em que se verificou a possibilidade de simplificação da modelagem da biblioteca para manter, na simulação, condições higrotérmicas semelhantes ao edifício real; a validação do modelo mediante simulações em que se alteraram parâmetros no arquétipo referência, comparando-se os dados de saída aos medidos no local, de forma a se aproximar das manifestações ambientais encontradas no edifício real; e, finalmente, definição de uma escala de níveis de conforto térmico, o que viabilizou a comparação entre as normas. Como principais resultados obtidos, tem-se: a) não ocorrência, no edifício analisado, de ambientes em condições que satisfazem as necessidades humanas de conforto higrotérmico e as de conservação do acervo bibliográfico; b) constatação da possibilidade de uso, no Brasil, da escala de conforto proposta para avaliação das edificações, existente na EN 15251, pois, por ser mais restritiva, viabilizaria a melhoria da qualidade das construções neste aspecto.