Extrato pirolenhoso como preservante de madeira e retardante de chama em situação de incêndio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Andrade, Frances Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciência Florestal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/31219
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.365
Resumo: O objetivo geral foi investigar a eficiência do extrato pirolenhoso e de um aditivo ignífugo (diamônio) como tratamento curativo e retardante de chama, visando suas aplicabilidades em madeiras estruturais. O estudo foi realizado em três etapas, na primeira etapa foi realizada a caracterização química do extrato pirolenhoso (EP). Foi identificado em maior área por CG- EM, o composto fenólico siringol (15,54%) e os ácidos carboxílicos, ácido butanoico (10,28%) e ácido acético (7,52%). O tratamento com 20% de EP apresentou maior redução de extrativos e lignina em relação à amostra controle, assim como maior perda de massa na análise termogravimétrica (TG). Não houve efeito significativo na resistência mecânica à compressão paralela às fibras e no módulo de ruptura (MOR) das madeiras sem e com tratamento. Na segunda etapa, foi realizado os ensaios microbiológicos simulando dois ambientes. A amostra controle e a com 10% de EP apresentaram atividades de microrganismos, enquanto para os tratamentos com 20% e 30% de EP não apresentaram. O mesmo comportamento foi observado para o ensaio com cupins. Com 20% e 30% de EP apresentaram uma mortalidade de 57,5% e 62,0%, com dano moderado e superficial, respectivamente. Por meio da técnica de densitometria de raios X para obtenção de imagens, foi possível observar a formação das galerias. No ensaio com fungos, as menores perdas de massa, foram observadas para os tratamentos com 20% (1,62%) e 30% (1,83%) do EP. Na terceira etapa, a resistência ao fogo foi realizado pelo método de propagação de chamas (Schlyter modificado) e a combustibilidade com tratamentos de 20% e 30% de EP com adição do diamônio em concentrações de 3% e 5%. Foi observado a alteração da cor com a aplicação dos tratamentos com EP, porém a mudança foi “muito apreciável” para o mercado. Para o teste de propagação de chamas, a testemunha teve perda de massa de 25,18%. Enquanto que entres os tratamentos com EP a maior perda de massa foi de 0,75% para a amostra com 20% de EP + 5% de aditivo. O aumento da temperatura média foi maior no tratamento testemunha, atingindo máximas de temperatura em 71,7 oC, 85,6 oC e 61,4 oC para altura superior, média e inferior dos termopares, respectivamente. Já os tratamentos com 20% e 30% de EP com as diferentes concentrações de aditivos, as máximas de temperatura não ultrapassaram 38 oC. Para a combustibilidade, o tratamento controle e com 20% de EP permaneceram ao final do ensaio com 20% de massa inicial, já o tratamento com 30% de EP, permaneceu com 40%. Ao aplicar o aditivo químico, os tratamentos com 20% e 30% de EP, permaneceram com cerca de 50% da massa inicial. Conclui-se que o EP foi eficaz e se mostrou um excelente aditivo contra agentes xilófagos e na formulação de retardante de chama. Mostrou-se uma alternativa ecologicamente correto e agregando valor a um coproduto carbonização da madeira, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa. Palavras-chave: Construção civil. Madeira tratada. Propagação superficial de chamas. Situação de incêndios.