Alterações fisiológicas, bioquímicas e anatômicas em sementes de lentilha em diferentes estádios de maturação e submetidas ao armazenamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cunha, Priscila Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22864
Resumo: A lentilha é uma hortaliça de ciclo anual, pertencente à família Fabaceae. O Brasil importa quase a totalidade do grão destinado ao consumo, que em 2015 foi de 11 mil toneladas, representando um valor de 10 milhões de dólares. Nas nossas condições, há demanda por informações sobre produção de sementes de lentilha. Conhecer as alterações que ocorrem nas sementes durante o seu processo de maturação é importante, pois tais informações são relevantes para a produção de sementes de alta qualidade. Considerando que as sementes podem ser semeadas logo após a colheita ou então armazenadas para posterior semeadura, é importante também conhecer o potencial de armazenamento de sementes colhidas em diferentes estádios de maturação. Diante disso, os objetivos do trabalho foram: i) avaliar as alterações fisiológicas, bioquímicas, anatômicas e histoquímicas em sementes de lentilha colhidas em diferentes estádios de maturação; ii) avaliar as alterações fisiológicas e bioquímicas em sementes de lentilha submetidas ao armazenamento. Sementes de lentilha, cv. Precoz, foram produzidas no campo experimental instalado na “Horta Nova” /DFT/UFV durante o período de abril a outubro de 2017. Foram colhidas vagens em quatro estádios de maturação: verde, verde-amarelo, amarelo e marrom. Logo após a colheita, determinou-se o grau de umidade e a massa de matéria seca das sementes. Foi realizada ainda a caracterização anatômica e histoquímica das sementes de acordo com as técnicas de microscopia de luz, sendo os corte corados com Azul de toluidina, Xylidine Poncea (XP), Lugol e Vermelho de rutênio. Para a condução das demais avaliações, as sementes foram secas até 13% de umidade e armazenadas em ambiente 20o C e 55 % UR por 0, 3 e 6 meses. Foram então realizadas as seguintes avaliações: grau de umidade, massa da matéria seca, germinação, índice de velocseisdade de germinação, emergência de plântulas, condutividade elétrica e envelhecimento acelerado. Foram determinadas também a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD); catalase (CAT) e peroxidase (POX). Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema de parcelas subdivididas, com quatro repetições, sendo os quatro estádios de maturação das vagens alocados nas parcelas e os três períodos de armazenamentos das sementes (0, 3 e 6 meses) nas subparcelas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias obtidas para os tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey (p≥0,05). Foram observadas fissuras no tegumento das sementes obtidas de vagens marrons. A deposição de reservas de proteínas já havia iniciado no estádio verde e se manteve durante o desenvolvimento das sementes. A deposição de amido já havia cessado a partir do estádio verde. Sementes de lentilha obtidas de vagens amarelas apresentaram maior vigor em relação às sementes obtidas de vagens verdes e marrons. Para sementes de vagens marrons, o armazenamento por 6 meses reduziu a germinação. Houve maior atividade das enzimas antioxidantes CAT e POX em sementes obtidas de vagens amarelas quando comparadas ás de vagens marrons; com aumento do tempo de armazenamento há redução da atividade da CAT.