Micronutrientes e metais pesados em fosfogesso – acúmulo, mobilidade e fator de transferência em latossolos de cerrado
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Fertilidade do solo e nutrição de plantas; Gênese, Morfologia e Classificação, Mineralogia, Química, Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5441 |
Resumo: | O sulfato de cálcio dihidratado (CaSO4.2H2O), fosfogesso, também denominado de gesso agrícola, é um dos principais resíduos gerados na produção de fertilizantes fosfatados por meio do processo de solubilização da rocha fosfática com ácido sulfúrico. A taxa de geração é de ,aproximadamente, 4,8 t para cada tonelada de ácido fosfórico produzido, sendo sua principal forma de descarte o empilhamento em áreas ao redor das fábricas. No entanto, esse tipo de disposição final pode gerar impactos ao meio ambiente, como por exemplo, a lixiviação e escoamento superficial de elementos tóxicos, como F־ e metais pesados, resultando na contaminação dos recusrsos hídricos e na liberação de aerossóis causados por erosão eólica nas pilhas. Uma das maneiras de minimizar tais impactos é a reciclagem deste resíduo, utilizando-o, por exemplo, na agricultura. Nesse sentido, o uso de fosfogesso como condicionador de solos tem se mostrado uma alternativa viável para o aproveitamento desse resíduo na agricultura. Entretanto, é necessário considerar os teores de alguns metais pesados e outros elementos tóxicos nesse material, que pode limitar o seu uso. É importante ressaltar que o gesso é classificado como resíduo sólido de classe IIA – não perigoso e não inerte, por apresentar teores de arsênio, fluoretos, alumínio, ferro, manganês e sulfatos acima do limite máximo permitido nos testes de solubilização, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Em vista do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar a utilização de fofosfogesso, proveniente de uma empresa de produção de ácido fosfórico, bem como avaliar a contaminação das plantas, dos solos e da água de drenagem. Foram coletadas amostras de fosfogesso de uma pilha ativa regularmente utilizada para aplicação direta na agricultura. Amostras dos 30 pontos de coleta foram secas em estufa a 60 ºC, peneiradas em malha de 0,250 mm (60 Mesh) e analisadas. Foram realizados cultivos com milho e soja em vasos de 25 dm3 contendo solos tratados com doses crescentes do condicionador aplicado na camada superficial (0-18 cm de profundidade). Foram utilizadas amostras de um Latossolo Vermelho-Amarelo e um Latossolo Amarelo, provenientes das cidades de Sete Lagoas e Três Marias, ambas regiões do Cerrado do Estado de Minas Gerais. As soluções lixiviadas dos vasos de milho e soja, foram coletadas periodicamente e analisadas para a determinação da concentração de metais pesados. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que não se verificou contaminação expressiva de solos, plantas e águas de drenagem, a curto prazo, em decorrência da utilização do fosfogesso. Não obstante, recomenda-se que as reaplicações devam ser criteriosamente avaliadas, do ponto de vista ambiental, principalmente em solos arenosos e com lençol freático muito próximo à superfície. |