Cristalinidade de gibbsita e caulinita de bauxitas e solos gibbsíticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gasparini, Arthur Stefanelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33814
Resumo: O Brasil é um país no qual predominam solos bastante desenvolvidos, cuja mineralogia é dominada por minerais como caulinita, gibbsita, goethita, e hematita. Nesses solos se concentram grande parte das atividades humanas deste pais, da agricultura à construção civil, apresentando portanto grande importância socioeconômica e ambiental. Observa-se que tanto a composição mineralógica quanto a cristalinidade dos minerais possuem influência nas propriedades físicas e químicas do solo, sendo por isso importantes os estudos relacionados com a ampliação dos conhecimentos acerca dessas características. São escassos, entretanto, estudos visando avaliar a cristalinidade dos componentes minerais de solos muito desenvolvidos, especialmente da gibbsita. Percebe-se que as bauxitas apresentam composições mineralógicas semelhantes aquelas de solos muito desenvolvidos, mas com um maior predomínio de gibbsita, e com a ocorrência de óxidos de alumínio menos comuns no solo, como boehmita e diásporo. Por ser um material particularmente rico em gibbsita, a bauxita pode ser utilizada como um recurso para o estudo deste mineral. Neste contexto, objetivou-se com este trabalho obter uma melhor compreensão acerca da mineralogia de bauxitas e solos gibbsiticos, e investigar a cristalinidade de gibbsitas e caulinitas. Para isso, foram analisadas amostras de solos de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rondônia e do Amazonas, e bauxitas de Minas Gerais, Goiás e Pará. Essas amostras foram caracterizadas física, química e, principalmente, mineralogicamente. Com os resultados obtidos, observa-se que as caulinitas mais cristalinas deste trabalho foram identificados nas amostras de bauxitas. Nas amostras de solo, a cristalinidade deste mineral foi menor nas amostras mais ricas em ferro (extraído por citrato- ditionito), indicando influência deste elemento na cristalinidade das caulinitas. Para as gibbsitas, percebeu-se uma melhor cristalinidade nas amostras de solos amazônicos e de bauxitas, e menor nas demais amostras. Observou-se ainda que nos solos amazônicos e nas amostras de bauxita, as gibbsitas apresentaram um formato laminar mais bem definido, resultando em uma melhor orientabilidade desse mineral nessas amostras. Nas demais amostras, este formato laminar foi menos expressivo, indicando a uma pior capacidade de orientação desses cristais. Esses resultados sugerem que gibbsitas mais cristalinas apresentem um formato laminar mais bem definido.