Caracterização molecular e análise da variabilidade genética do Papaya lethal yellowing virus (PLYV), e triagem de fontes de resistência ao vírus em germoplasma de Carica papaya L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pereira, álvaro Julio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Doutorado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1335
Resumo: O mamão (Carica papaya L.) é uma fruta de grande importância econômica em todo o nordeste brasileiro, região responsável por 60% da produção nacional. Mamoeiros nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte são afetados pelo amarelo letal, causado pelo Papaya lethal yellowing virus (PLYV). A fim de estimar a variabilidade genética de isolados de PLYV, amostras foliares de mamoeiro foram coletadas em regiões produtoras dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Fragmentos de 16 isolados virais com aproximadamente 900 pb, correspondente à região central do genoma viral, foram amplificados via RT-PCR, clonados e sequenciados. A análises das sequências indicou >97% de identidade entre os isolados, entre 94-100% com o isolado de PLYV previamente sequenciado, e uma identidade menor, mas significativa, com vírus pertencentes ao gênero Sobemovirus. Estes resultados indicam um baixo grau de variabilidade genética entre isolados de PLYV. O genoma viral foi sequenciado em sua totalidade utilizando a plataforma Roche 454 GS-FLX Titanium. A análise da sequência indica a presença de uma primeira ORF com o potencial de codificar uma proteína sem identidade significativa com nenhuma outra proteína, duas ORFs parcialmente sobrepostas com o potencial de codificar uma RNA-dependente RNA polimerase e uma quarta ORF com o potencial de codificar a proteína capsidial. A RdRp e a CP apresentam identidade de sequência significativa com as proteínas correspondentes de outros sobemovírus. Apesar da ausência de identidade da ORF1, a organização do genoma praticamente idêntica à dos sobemovírus, inclusive com uma possível mudança de fase entre as duas ORFs que codificam a RdRp, e a identidade das demais ORFs confirmam a classificação do PLYV como uma espécie do gênero Sobemovirus. Com o objetivo de avaliar a possível existência de genótipos de mamoeiro com resistência/tolerância ao PLYV, foi realizado um estudo utilizando-se 60 acessos provenientes do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Mandioca e Fruticultura. As plantas foram inoculadas via extrato vegetal tamponado em um delineamento inteiramente casualizado. As avaliações foram realizadas 90 dias após a inoculação por meio de ELISA indireto, empregando-se um anti-soro policlonal. Os resultados indicaram que os acessos CMF11, 15, 20, 21, 22, 26, 30, 33, 36, 38, 44, 47, 52, 54, 60, 72, 76, 82, 88, 92, 94, 102, 108, 114, 116, 120, 121, 123, 129, 130, 132, 150, 155, 166, 172, 175, 176, 183,186, 200, 204, 206, 220, 223, 230, 233, 234 e 235 são prováveis fontes de resistência ao vírus. Caso esses resultados sejam confirmados, estes acessos poderão ser utilizados em programas de melhoramento genético visando a incorporação de resistência ao amarelo letal em cultivares comerciais de mamoeiro.