Desempenho da soja cultivada em sucessão a milho e a sorgo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paixão, Mateus Queiroz da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27472
Resumo: O sorgo (Sorghum bicolor) vem se destacando como opção vantajosa no cultivo de segunda safra, em sucessão com a soja no cerrado brasileiro. Todavia, estudos mostram evidências de efeito alelopático do sorgo capaz de interferir no desempenho da soja quando semeada em sucessão. Porém, pouco se sabe sobre a interferência da rebrota do sorgo sobre o desempenho da soja, e se ocorre alteração desse efeito com o tempo em condição de campo. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o possível efeito alelopático da rebrota do sorgo sobre a soja em sucessão, em diferentes épocas de plantio após dessecação do sorgo. O experimento foi conduzido no delineamento de blocos casualizados, com 2 ambientes de semeadura da soja: após cultivo do milho e após do sorgo, sobre a rebrota (culturas antecessoras), e 5 épocas de semeadura da soja: 10, 18, 26, 34 e 42 dias após dessecação da área (DAD), com quatro repetições. Foram avaliados na soja: emergência (E), índice de velocidade de emergência (IVE), altura de plantas (AP), altura de inserção da primeira vagem (AV), número de vagens por planta (NVP), palhada (PA), produtividade de grãos (PG) e os teores foliares de N, P, K, Ca, Mg e S. Não houve interação entre os ambientes e as épocas de semeadura para análise conjunta. A soja apresentou os maiores valores para AP, AV, PA e PG quando cultivada em sucessão a rebrota de sorgo. Houve diferença entre AV entre as datas de semeadura da soja após dessecação, com os maiores valores encontrados em 34 e 42 DAD. As características E e IVE tiveram diferença apenas para as datas de semeadura, porém, não manteve um padrão esperado ao longo do tempo. Para os nutrientes foliares avaliados na soja, o N teve o maior acúmulo no ambiente de rebrota de sorgo. Já o Mg, acumulou mais no ambiente do milho. A variação dos nutrientes influenciou na produtividade da soja, que teve seus maiores valores no ambiente de rebrota de sorgo. A comparação dos ambientes dentro de cada época de semeadura da soja, não teve diferença entre E e IVE. Em contrapartida, todas épocas de plantio tiveram as maiores médias no ambiente com sorgo para AV, NVP, AP, PA e PG. Conclui-se que o desenvolvimento da soja foi beneficiado na presença da palhada da rebrota do sorgo, não evidenciando efeito alelopático tóxico nas condições do experimento sobre a cultura da soja. Palavras-chave: Sorghum bicolor. Glicine max. Aleloquímicos. Zea mays.