Influência de características psicológicas e socioeconômicas sobre o atendimento das recomendações nutricionais pelos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Ana Paula Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28804
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2021.168
Resumo: Este trabalho objetiva investigar a influência de características psicológicas e socioeconômicas sobre o comportamento de consumo nutricional dos brasileiros, através de dados extraídos da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017/2018. Para tal, foram utilizadas duas abordagens metodológicas. No primeiro momento, estimou-se um Probit para cada um dos nutrientes selecionados, sendo eles: carboidratos, proteínas, gorduras totais, saturadas, colesterol, fibras alimentares, ferro, cálcio, sódio e vitaminas A, B1, B2, B3 e C. Posteriormente, fez-se uma análise conjunta, onde, por meio do método Probit Ordenado, avaliou-se o atendimento simultâneo a mais de uma das recomendações de consumo consideradas. De modo geral, os resultados corroboram a Teoria Social Cognitiva (TSC), tendo em vista que a percepção do chefe do domicílio acerca da alimentação e os hábitos de vida presentes no ambiente familiar, mostraram-se importantes para explicar o consumo nutricional dos indivíduos. Especificamente sobre as variáveis de avaliação da alimentação como “boa” e “satisfatória”, observou-se uma divergência em relação aos resultados obtidos. Enquanto os macronutrientes foram influenciados de forma negativa, o que indica uma discordância entre a percepção do chefe e a qualidade nutricional da dieta, para os micronutrientes o impacto foi positivo, sugerindo que indivíduos nessa situação tem acesso a uma alimentação melhor qualidade. As características socioeconômicas também se mostraram importantes preditoras das escolhas de consumo, sendo que, para a renda e a escolaridade os efeitos foram antagônicos entre os grupos de nutrientes. Sobre a variável que indica se os indivíduos exercem alguma ocupação, verificou-se que trabalhar aumenta as chances de ocorrência de inadequações de consumo, o que pode ser explicado pela redução do tempo disponível e o consequente incentivo ao consumo de refeições fora de casa, cujo teor nutricional é questionável. Na mesma direção, maiores proporções de calorias consumidas fora do domicílio, também se relacionaram a dietas desbalanceadas nutricionalmente. Palavras-chave: Consumo nutricional. Características psicológicas. Teoria Social Cognitiva. Probit Ordenado.