Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Raquel Gomes Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/29807
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Resumo: |
Frente a desafios financeiros cada vez maiores, a importância de se formar indivíduos conscientes financeiramente tornou-se pauta de discussão em diversos países e organizações no mundo todo, ao mesmo tempo em que mais pesquisas surgem na direção de se investigar as motivações por trás do comportamento financeiro dos agentes. No Brasil, tais discussões mostram-se pertinentes se considerados os resultados insatisfatórios apresentados pela sua população em termos de finanças - principalmente em relação a planejamento futuro - somados às consequências econômicas associadas às mudanças demográficas em curso no país, mais especificamente, à crescente taxa de envelhecimento populacional. Nesse sentido, a fim de se contribuir com um maior entendimento acerca do comportamento financeiro dos brasileiros, mais especificamente, sobre os fatores que regem alguns de seus principais hábitos, o presente estudo examinou a influência das características socioeconômicas nos resultados financeiros demonstrados por esses. Para tanto, foi desenvolvido um indicador – o Indicador de Comportamento Financeiro, regredido a partir de um modelo de escolha qualitativa ordenado - o Logit ordenado generalizado (MLOG), pelo qual foram dadas as probabilidades de pertencimento às categorias comportamentais estipuladas, a partir do conjunto de características selecionadas. Os resultados encontrados apontaram cerca de 87% da amostra de domicílios estando classificada dentre os piores níveis de comportamento do indicador, tendo o planejamento de longo prazo mostrando-se o principal gargalo no resultado comportamental do brasileiro. Quanto às características analisadas, verificou-se uma correlação positiva entre o comportamento financeiro médio apresentado pelo brasileiro, e os indivíduos mais suscetíveis a se encontrarem em condições de vulnerabilidade social e econômica no país. Esses perfis carregam consigo os efeitos dos altos níveis de desigualdade econômica e social no Brasil, assim como da deficiência do ensino e demais formas de capacitação, indicando a necessidade de um trabalho conjunto na disseminação de uma cultura financeira mais consciente, com incentivos a mudanças de hábitos e a práticas financeiras mais saudáveis em termos de consumo, planejamento e poupança- principalmente de longo prazo – com foco na elaboração de ações direcionadas e personalizadas aos grupos mais fragilizados, e na construção de uma conjuntura mais inclusiva e igualitária em termos econômicos e sociais. |