Interferência de substâncias orgânicas e microrganismos na técnica de ATP-bioluminescência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Simm, Erny Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9060
Resumo: Avaliou-se a interferência da caseína, lipídeo, sacarose, Staphylococcus carnosus e esporos de Bacillus subtilis na determinação da bioluminescência. As substâncias orgânicas e os microrganismos em suspensões ou aderidos ao aço inoxidável, AISI 304, n° 4 foram analisados isoladamente e em combinações. A bioluminescência foi determinada em luminômetro comercial, com os resultados expressos em Unidades Relativas de Luz (URL). Em relação às suspensões preparadas com três substâncias orgânicas, houve um aumento (p<0,05) no número de URL com a presença de caseína e lipídeo. A sacarose reduziu a bioluminescência. Neste mesmo tipo de suspensão aderida ao aço inoxidável, o número de URL aumentou (p<0,05) com a presença de caseína e sacarose. O lipídeo reduziu a bioluminescência. Constatou-se um maior (p<0,01) número de URL nas suspensões com 5,4x104 CDM.mL-1 de S. carnosus em relação aquelas com 2,9x104 CDM.mL-1 de esporos de B. subtilis. No que se refere às suspensões de células vegetativas ou esporo bacteriano aderidas ao aço inoxidável, adicionadas ou não das três substâncias orgânicas, a bioluminescência para S. carnosus foi sempre maior (p<0,05) do que para os esporos de B. subtilis, independente da concentração estudada. As três substâncias orgânicas reduziram o número de URL (p<0,05) quando combinadas com 5,4x104 CDM.mL-1 de S. carnosus. Quando se utilizou esporo de B. subtilis, as três substâncias orgânicas não tiveram nenhum efeito significativo (p>0,05) na determinação da bioluminescência. Três resultados diferentes foram observados quando se compararam as suspensões contendo simultaneamente as três substâncias mais célula vegetativa e aquelas que continham somente o microrganismo, todas aderidas ao aço inoxidável: redução (p<0,05) no número de URL, quando a bactéria estava na concentração de 5,4x103 CDM.cm-2, aumento na bioluminescência (p<0,05) nas suspensões onde S. carnosus estava presente na concentração de 5,4x102 CDM.cm-2 e nenhuma diferença significativa (p>0,05) foi detectada em presença de célula vegetativa na concentração de 5,4x101 CDM.cm-2. Foi detectado um aumento no número de URL nas suspensões de caseína, lipídeo e sacarose adicionadas de 2,9x103 CDM.cm-2 esporos de B. subtilis em relação à suspensão com as três substâncias orgânicas, todas aderidas ao aço inoxidável. Na comparação envolvendo as outras duas concentrações de esporo bacteriano e a suspensão com as três substâncias, percebeu-se uma redução no número de URL. As substâncias orgânicas, os microrganismos e as combinações entre eles, tanto em análises em suspensão quanto aderidos ao aço inoxidável interferiram em maior ou menor grau na técnica de bioluminescência. A determinação de ATP nas superfícies não deve ser a única técnica usada para monitorar a eficiência da higienização em indústrias de alimentos. Ela pode ser utilizada como uma ferramenta complementar da avaliação microbiológica tradicional. Além disso, para a obtenção de informações confiáveis, deve-se entender as limitações dessa técnica.