Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Simões, André Rozemberg Peixoto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8964
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Resumo: |
O Brasil, ao longo da década de 90 e nos anos recentes, tem incrementado de forma significativa suas exportações de carne bovina. Em 2002, ocupava a terceira posição, atrás da Austrália e dos Estados Unidos. No presente ano, 2003, o Brasil assumiu a primeira colocação na quantidade de carne bovina exportada. Tais ganhos foram possíveis devido à aptidão e às características naturais dos sistemas de produção de carne em território nacional, a tecnificação da cadeia produtiva, e também, devido às medidas de política econômica vigentes. O processo de abertura comercial, no início dos anos 90, e a mudança na política cambial foram fundamentais para incrementos nas exportações. Ainda assim, o comércio internacional de carne bovina é uns dos que mais sofre com as medidas de proteção e restrições de acesso a mercados. O Estados Unidos e a União Européia são os que mais subsidiam e impõem barreiras tarifárias e não-tarifárias à importações de produtos agropecuários. Apesar da União Européia ser o bloco econômico que apresenta uma das maiores tarifas e cotas de importação para a carne bovina, esta representa o principal destino das exportações brasileiras deste produto. A partir de 2002, esse bloco impôs a adoção de um sistema de rastreabilidade aos países que para lá exportam carne bovina e seus produtos derivados. O principal motivo para tal medida foi a ocorrência da doença da Vaca-Louca em diversos países. Com o intuito de não perder este importante mercado, o Brasil implantou um sistema de rastreabilidade de toda a cadeia produtiva, SISBOV. Sob a hipótese de que a implantação da rastreabilidade da carne bovina no Brasil altera as relações contratuais entre os agentes econômicos dos segmentos de produção e de abate e, simultaneamente, permite o incremento da rentabilidade setorial face à competitividade da cadeia produtiva no mercado internacional. O objetivo geral deste trabalho é, por meio de um estudo de caso, avaliar mudanças na rentabilidade dos segmentos da cadeia produtiva de carne bovina, em função da introdução do sistema de rastreabilidade exigida pelo mercado europeu. Para atender o objetivo proposto foi utilizada a Matriz de Análise Política proposta por Monke e Pearson, em 1989. Os principais resultados e conclusões que se podem tirar deste estudo é que o setor de pecuária de corte apresenta-se desprotegido em relação a políticas distorcivas e falhas de mercado; Existe uma assimetria de informação e imperfeições de mercado entre o setor de abate e de pecuária que prejudica a distribuição dos benefícios nas distribuições do lucro entre os segmentos da cadeia, quando se consideram as diferenças dos resultados financeiros das vendas nos mercados internacional e interno; A implantação da rastreabilidade pode ser um instrumento de compensação e correção destas falhas citadas. Considerando as empresas estudadas como representativas da cadeia produtiva, a conclusão principal é que as perdas financeiras, econômicas e de competitividade ocorridas devido à implantação da rastreabilidade nos diferentes segmentos da cadeia são muito menores do que as perdas geradas, em termos de divisas, caso houvesse a exclusão das exportações brasileiras da carne bovina do mercado da União Européia. |