Lipídios em dietas à base de palma forrageira para cordeiros em crescimento
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Doutorado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1888 |
Resumo: | Avaliou-se o efeito da inclusão de níveis crescentes de lipídios em dietas a base de palma forrageira para cordeiros em crescimento, por meio da determinação do consumo e digestibilidade de entidades nutricionais, desempenho, avaliação e perfil lipídica das carcaças. Foram utilizados 40 cordeiros castrados e mestiços da raça Dorper, com peso corporal inicial de 19,5±1,0 kg, confinados em baias individuais durante 70 dias em um delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos representados por níveis de lipídios na dieta (2,0; 3,9; 5,8; 7,7 e 9,6%), e oito repetições sendo o animal a unidade experimental. As dietas foram elaboradas com uma proporção constante de Palma forrageira (Opuntia fícus-indica Mill), e milho triturado, na proporção de 40 e 18% na MS, respectivamente, já feno de tifton e o farelo de soja foram substituídos gradativamente pelo caroço de algodão integral. A mistura de concentrados foi preparada com base em milho, farelo de soja e de minerais. Após o vigésimo quinto dia do período experimental, foi realizado o período de coleta de dados referente à digestibilidade, perfazendo cinco dias de coleta (26o ao 30o dia do período experimental) Após o período experimental de 56 dias os animais foram abatidos. Os consumos de MS, PB, FDN, FDA, CHOT e CNF não foram significativos em todas as variáveis estudadas, porém o consumo de EE aumentou linearmente (P<0,01), refletindo com os conteúdos mais altos desse nutriente na dieta. O consumo de EE, em g/dia, variou de 27,43 a 113,7 g/dia, e a equação de regressão obtida mostra aumento de 22,74 g para cada 1% de aumento de lipídios. Os consumos de água, expressos em kg.d-1 e kg.CMS- , sofreram influencia dos níveis de lipídios da dieta apresentando um efeito quadrático. Já a digestibilidade aparente dos nutrientes não foi afetado pela elevação dos níveis de lipídios da dieta. Os pesos corporais iniciais e finais, ganhos de peso total e diário e conversão alimentar não sofreram alteração, o mesmo ocorreu com as variáveis do desempenho ao abate e rendimento dos cortes de carcaça não havendo influencia dos tratamentos da dieta. A adição de lipídios às dietas não alterou significativamente (P>0,05) os ácidos graxos de C10:0 a C17:0, com exceção do C16:1 que apresentou uma redução de 0,13% para cada 1% de adição do lipídio (P<0,001). Quanto aos ácidos graxos monoinsaturados, todos os níveis de lipídios na dieta reduziram a concentração do ácido palmitoléico (C16:1) e a concentração do ácido oléico (C18:1n9c), analisado junto com o seu isômero trans (C18:1n9t linoelaídico). O aumento das concentrações dos ácidos linoléico com a elevação dos níveis de lipídios da dieta era esperado, pois este ácido graxo é produzido para ser ruminalmente inerte. No entanto, o aumento nas proporções deste ácido e do total de insaturados ocorreu quando fornecido 9,30% de lipídio à dieta, este comportamento leva a crer que quando os lipídios na dieta se mantem até o nível de 7,40% a biohidrogenação foi mais eficiente. O uso de níveis elevados de lipídios associados a dietas com alta concentração de carboidratos não fibrosos não compromete o desempenho de cordeiros em crescimento. Indicando que é possível elevar os níveis de lipídios acima do recomendado e melhorando o padrão de crescimento e utilização dos nutrientes, reduzindo a utilização de suplementos que onera os custos de alimentação do rebanho. |