Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Martins, Jéssica Letícia Abreu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28069
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Resumo: |
O controle biológico é uma das alternativas mais sustentáveis de manejo de pragas. No qual se usa um organismo vivo para controle de outro organismo que tenha o status de praga. Dentre os agentes de controle biológico, temos os predadores, que utilizam como fonte de alimentação tanto as presas quanto os recursos alternativos oferecidos pelas plantas, como o pólen e o néctar. As espécies de plantas espontâneas Ageratum conyzoides, Bidens pilosa e Sonchus oleraceus são ricas nestes recursos alternativos e podem coexistir com plantas cultivadas de bastante expressão, como o milho e a soja. Estas culturas passaram por programas de melhoramento genético, surgindo plantas transgênicas que está relacionada a defesa das plantas contra o ataque de pragas, mais especialmente os insetos. Esta estratégia de defesa é majoritariamente explorada com a inserção de genes de bactérias entomopatogênicas como Bacillus thuringiensis com altas concentrações de proteínas Cry tóxicas aos insetos. Neste contexto, avaliamos a sobrevivência de um predador da família Chrysopidae, a espécie Ceraeochrysa cubana, que possui uma fase larval bastante voraz e onívora, com adultos que necessitam de aporte nutricional oferecido pelo pólen e néctar de plantas, além de testarmos a hipótese que sugere a efetiva alimentação da espécie via tecido foliar. Assim, nossos experimentos visaram compreender: i) sobrevivência de larvas de C. cubana alimentadas com plantas espontâneas com e sem recursos florais, ii) sobrevivência da adultos de C. cubana alimentados com plantas espontâneas com e sem recursos florais, iii) sobrevivência de larvas de C. cubana alimentadas apenas com recursos foliares de A. conyzoides, iv) entomofauna associada a plantas de A. conizoydes, v) sobrevivência de larvas de C. cubana alimentadas com plantas convencionais e transgênicas de milho e soja e vi) a presença de proteínas Cry 1Ac e Cry 2Ab em larvas de C. cubana após se alimentaram com plantas convencionais e transgênicas de milho e soja. Nossos resultados demonstram que as larvas de C. cubana sobrevivem quando alimentadas com flores de B. pilosa e S. oleraceous, além de se desenvolverem apenas com recursos foliares de A. conizoydes. Em relação aos adultos, as espécies de plantas selecionadas não forneceram aporte nutricional de qualidade necessária para o desenvolvimento dos mesmos. Além disso, A. conyzoides abrigou presas comumente utilizadas na alimentação do predador C. cubana. Em relação à alimentação por plantas transgênicas, corroboramos a hipótese de que as larvas de C. cubana efetivamente se alimentam de tecido foliar, verificada pela presença de proteínas Cry 1Ac e Cry 2Ab nas larvas. Além disso, não observamos diferença na sobrevivência entre as larvas que se alimentaram de plantas transgênicas com aquelas que consumiram plantas convencionais. No entanto, houve diferença na sobrevivência de insetos que tinham como recurso as folhas das plantas de milho e soja em relação ao controle negativo (i. e água). Este trabalho contribui para o entendimento do comportamento alimentar de C. cubana, tanto na sua fase adulta quanto na fase jovem, e comprova a alimentação via conteúdo celular do tecido foliar utilizada por esta espécie na ausência de suas presas principais. Palavras-chave: Fitofagia. Chrysopidae. Predador. |