Uréia para vacas leiteiras no pós-parto: dinâmica folicular e características reprodutivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Oliveira, Margarida Maria Nascimento Figueiredo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
NNP
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10921
Resumo: O presente trabalho teve como objetivos avaliar os efeitos de diferentes níveis de uréia na dieta de vacas mestiças leiteiras no pós-parto sobre o consumo de matéria seca; a produção de leite corrigida para 3,5% de gordura; o peso corporal; o teor plasmático de N-uréia (NUP); a dinâmica folicular ovariana; o retorno da atividade ovariana; e o pH intra-uterino no estro e no diestro. Foram realizados dois experimentos na Fazenda Experimental Leopoldina-EPAMIG, nos anos de 1999 e 2000, respectivamente, experimento I e II. No experimento I, foram utilizadas 15 vacas lactantes (Holandês x Gir) distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado e alimentadas individualmente com rações isoprotéicas constituídas de 60% de silagem de milho e 40% de concentrado, contendo 0,0; 0,7; 1,4; e 2,1% de uréia, correspondentes aos teores de proteína bruta na forma de compostos nitrogenados não-protéicos (NNP) de 2,08; 4,01; 5,76 e 8,07% na matéria seca das rações. O aumento dos níveis de NNP nas rações reduziu linearmente o consumo de matéria seca, expresso em kg/dia e %PV que foram de 16,04; 16,49;11,64; 11,93 kg/dia e 3,29;3,09; 2,47; e 2,35%PV, para as dietas contendo 2,08, 4,01, 5,76 e 8,07% de NNP, respectivamente. As médias de produção de leite corrigidas para 3,5% de gordura foram 21,18; 24,92; 20,63; e 18,83 kg/dia para os teores de NNP 2,08; 4,01; 5,76 e 8,07, respectivamente, e decresceram linearmente com o aumento dos níveis de NNP nas dietas. Os teores de uréia e N-uréia no plasma e no leite não foram influenciados pela adição de quantidades crescentes de NNP nas dietas. As variáveis da dinâmica folicular: número de ondas de crescimento folicular por ciclo estral, emergência da primeira e segunda onda de crescimento folicular, persistência do folículo ovulatório e diâmetro máximo do folículo ovulatório não foram influenciadas pelos níveis de NNP nas rações. Os níveis crescentes de uréia não influenciaram na primeira ovulação no pós-parto, que ocorreu em média aos 55 dias do pós-parto, no primeiro estro que foi observado aos 81 dias do pós-parto, no número de inseminações/concepção (1,2) e no período de serviço de 94 dias. No experimento II, foram utilizadas 16 vacas mestiças (Holandês-gir) distribuídas em delineamento inteiramente casualizado, alimentadas com o mesmo tipo de dieta e submetidas às mesmas condições de manejo do experimento I. Verificou-se que a elevação dos teores de uréia reduziu a ingestão de matéria seca e não influenciou na produção diária de leite, dos 70 aos 110 dias de lactação. As médias dos teores plasmáticos de N-uréia (19,59 mg/dL) e do pH uterino no estro e no diestro, respectivamente 6,66 e 6,97, também não foram influenciadas pelos níveis de NNP nas rações experimentais.