Comparação da anatomia e química de Lantana camara e L. radula e interação dessas espécies com Corynespora cassiicola
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Botânica estrutural; Ecologia e Sistemática Doutorado em Botânica UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/353 |
Resumo: | Considerando a similaridade entre L. camara e L. radula, e a conseqüente dificuldade em distingui-las quando somente amostras estéreis são avaliadas, neste trabalho foi investigado uso de características anatômicas das folhas de ambas as espécies como ferramentas para suportar sua correta classificação. Foram observadas diferenças no pecíolo e na lâmina foliar que apresentam idioblastos secretores em L. camara. Na espécie L. radula eram encontrados idioblastos cristalíferos na lâmina foliar. Os tricomas capitatos bem como a superfície abaxial são diferentes em cada espécie. Os estudos histoquímicos evidenciaram diferenças nos secretados dos três tipos de tricomas capitatos das duas espécies e nos idioblastos de L. camara. Os óleos essenciais foram evidenciados em todos os tipos de tricomas capitatos e nos idioblastos. Os componentes majoritários identificados no óleo essencial de L. camara são germacreno-D e E-caryophylleno e de L. radula são E-caryophylleno e fitol. Os ensaios biológicos demonstraram que o óleo de L. radula é mais eficiente que o de L. camara para inibir o crescimento do fungo Corynespora casiicola. O estudo comparativo da relação C. cassiicola/ Lantana spp. mostrou estar diretamente relacionadas ao hospedeiro. Observou-se o aparecimento de lesões 24 horas após inoculação e estas eram maiores em L. camara. A topografia da superfície abaxial de L. radula parece dificultar o reconhecimento pelo patógeno. Observou-se nas duas espécies a formação de apressórios e ocasionalmente as hifas penetraram estômatos sem alterações morfológicas evidentes. A penetração em L. camara e L. radula ocorre principalmente na superfície abaxial e a colonização intercelularmente ou intracelularmente. Verificou-se o espessamento de parede de células epidérmicas demonstrando uma reação a presença do fungo. O tecido lacunoso foi o mais afetado e houve rompimento e desorganização de células bem como foi verificado nas nervuras. O fungo atua como um agente necotrófico. |