Respostas ecofisiológicas e de produção de alface a fertilizantes nanoparticulados empregados na solução nutritiva em sistema hidropônico comercial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Letícia de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/28004
Resumo: Tecnologias modernas como os fertilizantes nanoparticulados têm mostrado grande potencial na agricultura, mas com nenhum estudo aparente na produção comercial de hortaliças em sistema hidropônico. O objetivo neste estudo foi avaliar as respostas ecofisiológicas e produtivas de alfaces hidropônicas em cultivo comercial, em ambiente protegido, utilizando fertilizantes nanoparticulados à base de Ca, Cu, Mn e Zn. Para isso, foram instalados cinco experimentos em sistema hidropônico com fluxo laminar de nutrientes (NFT), em delineamento inteiramente casualizado. Nos quatro primeiros, o desenvolvimento da cultivar Vanda® foi avaliado em função de cada um dos fertilizantes nanoparticulados nas concentrações de 0,0, 39,9, 79,8, 119,7, 159,6, 239,4 e 319,2 ppm de Ca; 0,00, 0,01, 0,03, 0,06, 0,12, 0,24 e 0,47 ppm de Cu; 0,00, 0,07, 0,15, 0,29, 0,58, 1,16 e 2,33 ppm de Mn e 0,00, 0,01, 0,02, 0,05, 0,10, 0,20 e 0,40 ppm de Zn. No quinto experimento, comparou-se o desenvolvimento da cultivar em solução nutritiva contendo as melhores concentrações de todos os fertilizantes nanoparticulados (S1) àquelas contendo fertilizantes convencionais nas concentrações encontradas (S2) ou nas concentrações tradicionalmente utilizadas (S3). O crescimento das plantas de alface foi avaliado a cada 5 dias. Avaliaram-se, também, ao final dos experimentos, as trocas gasosas e os teores foliares de pigmentos fotossintéticos e de macro e micronutrientes. Os dados de crescimento foram analisados por superfície de resposta ou por efeito isolado das concentrações ou das épocas de coletas, gerando equações de regressão que permitiram estimar as concentrações associadas a 90% do crescimento máximo (C90). Dados de trocas gasosas, teores foliares de pigmentos fotossintéticos e de macro e micronutrientes foram submetidos à análise de variância e de regressão. Os resultados apontaram como C90 as concentrações de 95,60 ppm de Ca, 0,19 ppm de Cu e 0,0047 ppm de Zn; para o Mn, não houve efeito. As concentrações não afetaram o teor de pigmentos foliares nem as trocas gasosas, à exceção da redução verificada em A e em A/E com o aumento da concentração de Cu. O aumento da concentração dos nutrientes na solução nutritiva proporcionou aumento quadrático no teor de Ca na parte aérea, exponencial no de Cu e Mn, e sigmoidal no de Zn; no caso do Ca, seu aumento ainda reduziu os teores de S e de Cu na parte aérea. O aumento da concentração de micronutrientes não afetou os teores de macronutrientes na parte aérea da alface, mas o aumento da concentração de Zn aumentou o teor de Cu. Os conteúdos de N, P, K, Ca, Fe Mn e B foram afetados pelas diferentes concentrações de Cu na solução nutritiva. Não houve diferenças ecofisiológicas nem produtivas entre as alfaces produzidas pelas soluções nutritivas S1, S2 e S3. Dessa forma considera-se que é possível produzir alfaces crespas em NFT com solução nutritiva formulada à base de fertilizantes nanoparticulados ou convencionais em concentrações diferentes das tradicionais. Palavras–chave: Nutrição mineral. Concentrações de nutrientes. Fontes de nutrientes. Crescimento.