Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Castro, Cláudia Gomes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27519
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Resumo: |
Estudos têm sido direcionados para a formação do conhecimento acerca das implicações do aprisionamento parental na vida de crianças e adolescentes filhos de detentos. Diante das indagações já realizadas, identificamos uma lacuna importante e relacionada ao nosso contexto sociocultural: qual a representação que crianças e adolescentes, filhos de detentos, possuem sobre família e punibilidade? Como os filhos de detentos percebem suas famílias? Quais as imagens construídas e desconstruídas pelo aprisionamento dos pais? Como essas crianças e adolescentes, separadas do convívio diário com seus pais, percebem a questão do afeto familiar? Quais as possíveis consequências do aprisionamento parental na vida dessas crianças e adolescentes? Dessa forma, o objetivo central desta pesquisa foi conhecer as representações que crianças e adolescentes possuem sobre família e punibilidade quando um ou ambos os pais estão aprisionados. A pesquisa é de caráter qualitativo e empregamos o Método Clínico Piagetiano adaptado às pesquisas em Ciências Humanas, pois, compartilhamos da concepção de Juan Delval (2001) que este método é capaz de permitir um melhor entendimento de como crianças e adolescentes elaboram suas representações sobre aspectos da realidade e do mundo social. Isto porque o método clínico consiste em uma intervenção sistemática do pesquisador, sobrepondo perguntas às respostas do pesquisado, buscando percorrer os caminhos e a compreensão do pensamento do sujeito. Foram entrevistados 26 sujeitos: 13 adultos e 13 crianças e adolescentes. Dentre as mais diversas implicações do aprisionamento parental na vida de crianças e adolescentes, concluímos que suas representações sobre família e punibilidade são oriundas das experiências que vivenciaram em decorrência do encarceramento de um familiar. As representações de Família estão associadas a cuidados, a presença física; à afetividade, mas, também, é identificada como lugar de briga e violência e não segue a tradicional representação de pais e filhos. A escola, muitas vezes, é o local onde o estigma se fortalece e representa uma dicotomia entre o sonho de uma vida melhor com a realidade das barreiras que lhe são colocadas a todo instante em busca de um futuro.Palavras-chave: Infância-Adolescência. Família. Punibilidade. Aprisionamento-parental. Método-clínico-piagetiano. |