Perfil lipídico de ratos submetidos à dieta hiperlipídica à base de óleo de soja, linhaça, amendoim, truta ou pele de frango

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Cintra, Dennys Esper Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8818
Resumo: A doença arterial coronariana é a principal causa de mortalidade no Brasil e no mundo. É uma doença multifatorial e a sua prevenção depende da identificação e controle, não só das dislipidemias, mas do conjunto dos fatores de risco. Alimentos ricos em ácidos graxos saturados (AGS) têm sido associados à maior deposição de colesterol nas artérias, por outro lado, os ácidos graxos monoinsaturados (AGM) e polinsaturados (AGP) parecem exercer efeito benéfico quanto ao perfil lipídico plasmático de animais, protegendo-os das doenças cardiovasculares. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o perfil lipídico de ratos submetidos à dieta hipercolesterolemiante, acrescida de semente de linhaça ou de truta como fontes de AGP, de amendoim, como fonte de AGM ou de pele de frango, como fonte de AGS. Ratos machos Wistar adultos foram distribuídos em 6 grupos (n=10), onde o primeiro recebeu uma dieta controle (normocolesterolemiante), o segundo, uma dieta hipercolesterolemiante, acrescida de 1% de colesterol, 10% de óleo de soja e 5% de banha animal, e outros quatro grupos com dieta hipercolesterolemiante semelhante à anterior, porém com 10% de lipídios na forma de truta, linhaça, amendoim ou pele de frango. Os animais foram mantidos em suas dietas, em ambiente controlado, por 28 dias. Após o sacrifício dos animais, foram colhidas amostras de sangue, fígado, fezes e dos tecidos adiposos visceral e sub-cutâneo. Os teores de colesterol hepático e de ácidos graxos dos tecidos adiposos foram determinados por cromatografia gasosa. Ao contrário do esperado, o nível de colesterol sérico total do grupo normocolesterolêmico (93,57mg/dL + 14,95) foi superior (p<0,05) ao do grupo hipercolesterolêmico (67,57mg/dL + 12,54). O nível de colesterol total no grupo com dieta de linhaça foi inferior (p<0,05) aos dos demais alimentos e não houve diferença entre as dietas de amendoim e de pele de frango (p>0,05). Os animais do grupo do amendoim apresentaram menor ganho de peso em relação aos dos outros tratamentos. Observou-se deposição de lipídios e de colesterol no parênquima hepático dos grupos com dieta hipercolesterolemiante. A deposição de ácidos graxos nos tecidos adiposos acompanhou o perfil lipídico de cada alimento, qual seja, maior teor de ácidos graxos ômega-3 no grupo da linhaça, altos teores de AGM no grupo do amendoim e da pele de frango e altos teores de ômega-6 na truta. Os dados obtidos apontam a linhaça como alimento promissor no controle das hiperlipidemias.