Turnover protéico, avaliação e predição da composição química da carcaça e do corpo vazio de bovinos 3⁄4 Zebu × 1⁄4 Holandês

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rodrigues, Felipe Chaves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul
Mestrado em Zootecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5815
Resumo: Objetivou-se com esse trabalho propor novos modelos para predizer a composição química do componente não-carcaça, avaliar com dados de animais cruzados 3&#8260;4 Zebu × 1&#8260;4 Holandês as equações propostas no BR-Corte (2010) para predizer a composição química da carcaça e do corpo vazio de bovinos utilizando variáveis do corpo e seção entre a 9a e 11a costelas e utilizar a excreção de 3-metil-histidina (3MH) para estudar a síntese e degradação proteica muscular em machos e fêmeas cruzados, em diferentes fases de desenvolvimento. No capítulo 1, objetivou-se desenvolver equações para estimar a composição química dos componentes não carcaça e avaliar com dados de animais cruzados 3&#8260;4 Zebu × 1&#8260;4 Holandês, as equações para predição da composição química da carcaça e do corpo vazio propostas pelo BR-Corte (2010) para bovinos. Foram utilizados dados de 130 animais de três experimentos (24 machos castrados (MC), 24 fêmeas e 82 machos não-castrados (MNC)). Nos três experimentos, o procedimento de abate foi o mesmo, onde o trato gastrintestinal foi lavado para determinação do peso de corpo vazio, e todos os componentes do corpo do animal pesados individualmente. A meia carcaça direita foi dissecada completamente, sendo pesadas as quantidades de carne, gordura e ossos. Foram separadas de cada animal uma amostra do componente carcaça e uma amostra do componente não-carcaça para determinação da composição química. Nos machos castrados, fêmeas e 50 dos machos não castrados, foi retirada a seção compreendida entre a 9a e a 11a costelas (seção HH) e realizada sua dissecação completa para avaliação das equações para predição da composição química da carcaça e corpo vazio propostos pelo BR-Corte (2010). Foram propostas equações para estimação da composição de extrato etéreo, proteína bruta, materia mineral, cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio dos componentes não carcaça; testadas as equações propostas no BR- Corte (2010) para os teores de proteína bruta e extrato etéreo na carcaça e no corpo vazio de bovinos e reajustadas as equações que não estimaram adequadamente os valores observados. As equações propostas pelo BR-Corte (2010) estimaram de forma adequada os teores de EE na carcaça de MC, MNC e fêmeas, e EE no corpo vazio de MC e fêmeas. Assim, foram reajustadas e sugeridas equações para predição da composição da PB da carcaça de MC, MNC e fêmeas, do EE do corpo vazio de MNC e da PB do corpo vazio de MC, MNC e fêmeas. No capítulo 2 objetivou-se avaliar a degradação e a síntese proteica de bovinos machos castrados e fêmeas, utilizando a excreção de 3-metil- histidina. Foram utilizados 40 bovinos cruzados 3&#8260;4 Zebu × 1&#8260;4 Holandês, sendo 20 machos castrados e 20 fêmeas, com idade média de 12 meses e peso inicial médio de 299 kg para os machos e 266,7 kg para as fêmeas. Os animais foram divididos em quatro grupos de oito animais cada um (sendo quatro machos e quatro fêmeas) para serem abatidos aos 30, 60, 90 e 120 dias de confinamento. Oito animais (quatro de cada sexo) foram abatidos ao início do experimento para determinação também da massa e proteína muscular inicial e quatro animais de cada sexo ao final de cada período de confinamento para determinação da massa e proteína muscular. A dieta foi constituída de 45% de volumoso e continha 116,35 g de proteína bruta / kgMS. Para avaliar a degradação proteica foi efetuada coleta total de urina durante três dias em todos os animais abatidos no final de cada período de confinamento para análise da excreção de 3-metil-histidina. A coleta de urina foi realizada cinco dias antes de cada abate. A concentração de 3-metil-histidina em &#956;mol/mmol de creatinina na urina não diferiu entre machos e fêmeas (P>0,44) e entre períodos de confinamento (P>0,45). A taxa fracional de degradação foi menor nos machos que nas fêmeas (P<0,01) e maior para os animais abatidos aos 60, 90 e 120 em comparação aos abatidos com 30 dias de confinamento (P<0,01), não havendo interação entre sexo e período de confinamento (P>0,38). Para a taxa fracional de síntese não houve interação entre sexo e período de confinamento (P>0,31) e efeito de sexo (P>0,10), mas foi observado efeito de período de confinamento (P<0,0,1) que foi menor para os animais abatidos aos 30 dias em comparação aos demais. A taxa fracional de acréscimo não apresentou interação entre sexo e período de confinamento (P>0,34), sendo maior nos machos (P<0,03) e diferente entre os períodos de confinamento (P<0,01), sendo maior para os animais abatidos aos 120 dias, seguidos dos 90 dias e posteriormente dos 30 e 60 dias de confinamento. Conclui-se que a taxa de degradação é maior nas fêmeas e a taxa de acréscimo é maior nos machos castrados não havendo diferença entre os sexos para a taxa de síntese proteica, que foi aumentada com os dias de confinamento.