Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Uceli, Amanda Ferrari |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6622
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Resumo: |
A educação é considerada como o mecanismo central de desenvolvimento social e crescimento econômico, além de ser o meio mais eficaz de superação às desigualdades sociais e regionais no país. Por essa razão, na última década observou-se no Brasil um esforço crescente para que os investimentos em educação sejam suficientes para que as deficiências seculares desse setor possam ser superadas. Apesar disso, são escassos os estudos que determinem o ganho, mensurado pelos retornos salariais, desse investimento nos anos recentes para o Brasil. Mais que isso, poucos estudos consideraram que, sendo o Brasil um país em desenvolvimento, esse retorno é melhor mensurado a partir de uma análise longitudinal. O presente estudo propôs então a formação de uma base de dados com esse perfil, que capte o efeito da educação sobre a renda salarial ao longo do tempo. A partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), é construída uma amostra de pseudo-painel, que agrupa os dados de cross-sections repetidas. O período considerado vai de 1999 à 2011, e se divide em intervalos bianuais. Essa base de dados foi desenvolvida seguindo os trabalhos de Deaton (1985), Moffitt (1993), Collado (1997), Mckenzie (2004) e Verbeck e Vella (2005). As coortes, que são a unidade de análise nesse estudo, foram determinadas por gênero, raça, região de residência e período de nascimento. A hipótese feita foi de que o retorno salarial à educação quando medida em uma amostra longitudinal é menor do que aquele medido para dados de cross-section. Partindo de um modelo de Efeitos Fixos para dados em pseudo-painel, e contrapondo seus resultados àqueles obtidos pelo método de MQO, essa hipótese foi verificada. Os retornos para a escolaridade foram definidos em três formatos distintos: escolaridade contínua, por grupo de escolaridade e por diploma. Além disso, esses retornos foram diferenciados por gênero e raça. O retorno médio estimado para a educação, em sua medida contínua, foi de 0,06%. Já os resultados por grupos educacionais, mostrou que o retorno por ano adicional de educação não é homogêneo entre os ciclos educacionais. No grupo com 5 à 8 anos de escolaridade o retorno à renda de um ano adicional de educação é de 0,18%, já no ciclo de 11 anos ou mais de escolaridade esse mesmo aumento de escolaridade eleva a renda em 0,83%. O retorno por diploma mostrou-se persistente em remunerar melhor os diplomas de maior escolaridade relativa. A obtenção do título de graduação representa, na amostra considerada, um ganho salarial de 1,42% em relação ao diploma do ensino fundamental de quatro anos. |